Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    Entenda a prisão do Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF

    Agente é suspeito de ter cometido os crimes de interferência no dia das eleições, prevaricação e violência política

    Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, foi preso hoje pela PF
    Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, foi preso hoje pela PF Alan Santos/PR

    Da CNN

    São Paulo

    A suspeita de que teria interferido no dia do segundo turno das eleições de 2022 levou Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), à prisão nesta quarta-feira (9).

    Ele foi preso pela Polícia Federal (PF), em Florianópolis, no âmbito da Operação Constituição Cidadã. Silvinei, posteriormente, foi levado para Brasília, onde ficará em cela da PF com cama de concreto e receberá três refeições ao dia.

    Qual é a suspeita contra Silvinei?

    A investigação da PF é sobre o ex-diretor da PRF ter ordenado ações que dificultaram o acesso de eleitores às urnas, principalmente em cidades do Nordeste, região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava as intenções de votos. Para a PF, ele teria determinado “policiamento direcionado”.

    O que motivou a prisão de Silvinei?

    Silvinei foi preso a partir de uma denúncia de servidor do Ministério da Justiça sobre blitze da PRF nas eleições. Analista de cybercrimes da pasta, ele fez relatório com locais onde Lula e Bolsonaro tinham mais de 75% dos votos

    Segundo ele, o pedido para fazer o relatório partiu da chefia imediata dele, tendo estranhado a demanda. Por isso, procurou a PF.

    Quem autorizou a prisão de Silvinei?

    O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que, em liberdade, Silvinei poderia “vir a comprometer a eficácia das diligências” porque testemunhas poderiam combinar versões.

    Quem também foi alvo da PF na operação?

    Além de Silvinei, a operação mirou ex-cúpula da PRF e braços-direito do então diretor-geral. Entre eles: o ex-corregedor-geral da PRF, Wendel Matos; o ex-diretor de Operações, Djairlon Moura; e o ex-diretor de Inteligência da PRF, com nome ainda não divulgado pela polícia.

    Outra investigação contra Silvinei

    Tanto Silvinei Vasques quanto Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e chefe imediato de Vasques à época, já foram ouvidos na CPMI que investiga os atos criminosos de 8 de Janeiro. Relembre o que disseram. 

    Ainda assim, a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou nesta quarta que o colegiado precisa ouvir Vasques novamente, a partir das novas circunstâncias.

    VÍDEO – Quais são as acusações contra Silvinei Vasques

    *Publicado por Pedro Jordão, da CNN