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    Enquanto CPMI no Congresso entra na reta final, investigação sobre 8/1 na Câmara do DF segue até dezembro

    Major que deu água para invasores do Palácio do Planalto deve ser ouvido nesta segunda-feira (9) por deputados distritais

    Movimentação durante os ataques de 8 de janeiro em Brasília
    Movimentação durante os ataques de 8 de janeiro em Brasília WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

    Leonardo Ribbeiroda CNN

    Em Brasília

    A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada pelo Congresso Nacional para apurar os atos criminosos do dia 8 de janeiro entrou na reta final. Os depoimentos foram concluídos e o relatório está sendo elaborado.

    Enquanto isso, uma outra CPI, instalada com o mesmo objetivo na Câmara Legislativa do Distrito Federal, seguirá com os trabalhos até dezembro.

    Nesta segunda-feira (9), os deputados distritais vão ouvir o major do Exército José Eduardo Natale de Paula Pereira, que aparece em imagens do circuito interno do Palácio do Planalto dando água a manifestantes no dia da invasão às sedes dos Três Poderes.

    Vídeo: Imagens mostram ação do GSI em ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro

    Natale trabalhava como coordenador de Segurança dos Palácios Presidenciais e estava de serviço no dia 8 de janeiro. O militar chegou a indicar caminho e cumprimentar um dos criminosos.

    Em uma das imagens divulgadas em primeira mão pela CNN, um homem dá um chute em uma das portas do gabinete da Presidência e Natale tenta contê-lo. Porém, o vândalo pega um extintor e o major o deixa passar, fechando a porta.

    Apesar de atuar no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Natale estava na função desde o governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL). Após o episódio, o major foi exonerado do GSI.

    Em depoimento à Polícia Federal, ele disse que os manifestantes “exigiram que lhes dessem água” e que entregou as garrafas “com o intuito de acalmá-los” e para que não danificassem a copa.

    Na CPI, o major Natale prestará depoimento na condição se testemunha. “É de fundamental importância para a elucidação dos acontecimentos, sobretudo para esclarecer a dinâmica dos lamentáveis episódios ocorridos no interior da sede do poder executivo”, explica o presidente da Comissão e autor do requerimento, deputado Chico Vigilante (PT).

    Oitivas

    A CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF já ouviu 27 pessoas, entre elas o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e Gonçalves Dias, o cacique Sererê Xavante e o hacker Walter Delgatti Neto.

    Além do depoimento desta segunda-feira, outras duas oitivas estão agendadas para ocorrer nos próximos dias. Há ainda requerimentos aprovados para ouvir mais 16 pessoas. A previsão é de que a CPI, iniciada em fevereiro, encerre os trabalhos no dia 5 de dezembro.