Empresário suspeito de participar dos atos de 8 de janeiro diz que não participou, mas é desmentido pela CPI

O empresário Joveci Xavier de Andrade, convocado para depor nesta quinta-feira (13), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que apura os atos do dia 8 de janeiro, foi desmentido pelos deputados no início da sessão.

Quando foi perguntado pelo presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), se ele participou ou não dos atos, o empresário respondeu de maneira direta que não participou. “Senhor presidente, falando também por mim, não pelo meu sócio, eu não participei. De nenhum ato.”

Logo em seguida, Chico Vigilante mostrou uma foto do depoente postada nas redes sociais durante a manifestação em que Joveci estava com a camisa do Brasil e com uma placa dizendo: “Supremo é o povo”.

Posteriormente, ele responde dizendo que entendeu participar de forma diferente. “Eu não entendi participar como ir lá, ir ao QG, eu fui umas três vezes, entendi o participar de forma diferente”, explicou.

Ele ainda diz que era um ambiente que sentia que tinha o controle do quartel e não era antidemocrático porque o exército tinha seus policiais e soldados controlando o ambiente.

No dia 8 de janeiro, quando houve o ataque às sedes dos 3 poderes: Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, o empresário aparece em uma foto na Esplanada dos Ministérios com uma faixa escrita: “Não elegemos um ladrão”.

Segundo ele, por sua parte, não houve invasão de nenhuma das sedes dos poderes em Brasília. Depois disso, quando questionado se as eleições de 2022 foram fraudadas a cerca confiança no sistema eleitoral, o empresário chamou as urnas de “melhor sistema mundo”.

“Quanto às instituições, eu sou um democrata, eu acredito na nossa democracia, eu acredito na divergência de pensamento. Eu acho incrível os Estados Unidos, o quanto é mais desenvolvido que nós e ainda usa aquele sistema de papel. Eu acho nosso sistema muito bom e seguro”, disse Juveci durante a sessão.