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    Empresário próximo a Pazuello deve depor à CPI da Pandemia

    Com o adiamento da presença do representante da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, senadores pretendem convocar Airton Cascavel

    Gustavo Uribeda CNN

     

    Com o adiamento para a próxima semana do depoimento do representante da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, a CPI da Pandemia deve marcar para a quarta-feira (4) o depoimento de Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel.

    O empresário, que foi assessor especial do Ministério da Saúde, era considerado o braço-direito do general da ativa Eduardo Pazuello durante a sua gestão na pasta.

     

    A suspeita é de que Cascavel teria participado de encontros administrativos do Ministério da Saúde antes mesmo de ser efetivado como assessor especial, exercendo influência sobre decisões da pasta.

    O calendário da primeira semana da CPI da Pandemia após o recesso parlamentar será definido nesta segunda-feira (2), em reunião do chamado G7, grupo de senadores independentes e oposicionistas.

    Na terça-feira (3), antes do depoimento do reverendo Amilton de Paula, suspeito de intermediar as negociações do Ministério da Saúde com a Davati Supply, a comissão de inquérito votará uma série de requerimentos de convocação, entre eles do ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

    A inquirição do general da reserva, no entanto, não é consenso na CPI da Pandemia. O receio é de que uma convocação do militar possa passar a impressão de uma retaliação após a divulgação de nota pública na qual as Forças Armadas criticaram o presidente da comissão de inquérito, Omar Aziz (PSD-AM).

    A expectativa é de que o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), apresente o relatório final da comissão de inquérito no final de setembro, antes do prazo final de encerramento, em outubro.

    A reportagem da CNN procurou Cascavel e não conseguiu encontra-lo até o momento da publicação deste texto.