Em última negociação com servidores, governo apresenta proposta sem aumento salarial para 2024
Proposta inclui reajuste apenas em benefícios, como vale-alimentação
![Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) diz que proposta do governo federal merece repúdio Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) diz que proposta do governo federal merece repúdio](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/05/ATO20230510134.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
O governo federal apresentou nesta segunda-feira (18) a última proposta para a negociação salarial para servidores, mas sem reajuste para 2024. A mensagem foi confirmada em reunião com representantes de sindicatos e federações do funcionalismo público.
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério de Gestão e Inovação, José Lopez Feijóo, abriu o encontro informando sobre as dificuldades orçamentárias do governo federal e confirmou a impossibilidade de reajuste nos salários.
A alternativa encontrada pelo governo federal é elevar os benefícios para as categorias.
A proposta inclui o aumento do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1.000 e do auxílio-creche para R$ 480. A equipe econômica também propôs aumento do valor médio do auxílio per capita saúde — um ressarcimento ligado aos planos de saúde dos servidores — de R$ 144 para R$ 215.
Somadas, as mudanças representam um reajuste de 51,06% nos auxílios.
A proposta não foi bem recebida pelos servidores públicos, que intensificaram a pressão para o aumento salarial nos últimos dias. Para as categorias, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acaba mantendo o congelamento salarial observado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando reajustes não foram liberados.
Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, a sugestão apresentada nesta segunda-feira merece repúdio.
“Como aposentados e pensionistas não recebem auxílio-alimentação nem auxílio-creche, a proposta se reveste de um etarismo perverso, pois excludente em relação a esse segmento”, afirmou o sindicalista.