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    Em seu pior momento, Bolsonaro debate ampliação de espaços a aliados

    Há uma especial preocupação com o PL, de Valdemar da Costa Neto, que tem mandado recados de que deseja ocupar um ministério sob pena de liderar uma revolta

    Caio Junqueirada CNN

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou um levantamento do espaço que os partidos têm no seu governo, com o objetivo de verificar como assegurar uma maior lealdade da base aliada no momento mais crítico de sua gestão. Auxiliares admitem à CNN sob reserva que se trata do “pior momento” do governo.

    Pesquisa Datafolha publicada nesta quarta-feira (17) mostra que ele está no auge da reprovação popular e que sua condução da pandemia é muito mal avaliada.

    Bolsonaro durante evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
    Bolsonaro durante evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
    Foto: Divulgação/Marcos Corrêa/PR

    Além disso, o retorno do ex-presidente Lula à arena eleitoral fez o governo se atentar à possibilidade de parte da base flertar com o petista, uma vez que grande parte dela já foi base dos governos do PT.

    Há uma especial preocupação com o PL, de Valdemar da Costa Neto, que tem mandado recados de que deseja ocupar um ministério sob pena de liderar uma revolta na base. 

    Interlocutores do presidente admitem a possibilidade de abrir mais espaço à legenda, mas não no curto prazo. Eles pretendem esperar por mais tempo, quando o cenário eleitoral de 2022 estiver mais claro. 

    Uma possibilidade é oferecer o ministério do Turismo, uma vez que seu atual ocupante não integra nenhum partido. O ministro Gilson Machado é um amigo de Bolsonaro.

    O incômodo no PL é com o fato de alguns dos seus parceiros com menor bancada do que a legenda terem postos de mais destaque no governo do que ele. Caso de Republicanos, que ganhou recentemente a Cidadania; e do PSD, que ocupa a Comunicações. Além do PP, que embora não tenha ministérios, ocupa autarquias importantes, como o bilionário Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Todos foram base aliada de Lula e de Dilma Rousseff e, com o retorno de Lula, integrantes de seus partidos conversaram com petistas nos últimos dias. De acordo com o PT, o próprio Valdemar falou com integrantes do partido parabenizando Lula pelo seu discurso. 

    Procurada, a assessoria de Valdemar disse que “não há registro de agenda do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com dirigentes do PT”.

    Procurada, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência disse que não recebe este tipo de informação.

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