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    Eleições 2022

    Em reunião, equipe ministerial é aconselhada a citar Auxílio Brasil em discursos públicos

    O diagnóstico é de que parcela da sociedade ainda associa o Auxílio Brasil ao Bolsa Família, criado durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

    Gustavo Uribe

    Na reunião promovida nesta terça-feira (5) no Palácio do Planalto, a equipe ministerial do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recomendada a incluir referência ao Auxílio Brasil nos discursos públicos durante viagens pelo país. A recomendação foi dada, segundo participantes do encontro, por integrantes do núcleo político da campanha à reeleição diante do diagnóstico de que parcela da sociedade ainda associa o Auxílio Brasil ao Bolsa Família.

    O diagnóstico de assessores da campanha à reeleição é de que o crescimento do presidente na Região Nordeste e entre o eleitorado de baixa renda, como apontado na pesquisa Genial/Quaest, deve-se à expectativa de aumento do benefício social para R$ 600.

    A avaliação é de que a adoção de um discurso social é a maneira mais eficaz de evitar, neste momento, uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um primeiro turno.

    Para isso, a ordem dada à equipe ministerial é de que, em agendas oficiais pelo país, os auxiliares do presidente façam questão de atribuir ao presidente o pagamento do benefício social.

    O Auxílio Brasil foi criado no ano passado como uma reformulação do Bolsa Família. O programa social é mais amplo que o anterior: o número de famílias contempladas é maior, assim como o valor médio.

    A mudança do nome teve justamente como objetivo retirar as digitais petistas do benefício federal, criando uma bandeira social para a atual gestão em ano eleitoral.

    Em meio à recuperação do cenário pandêmico, o Auxílio Brasil tem ajudado a complementar a renda média da população carente, mas o aumento da inflação e a redução dos salários têm limitado seu impacto.

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