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    Em reunião, Doria prepara prefeitos de SP para mais restrições

    Como mostrou a CNN, Doria avalia levar todo o estado ainda nesta semana à fase vermelha, na qual só os serviços essenciais ficam abertos

    Caio Junqueirada CNN

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), participou de uma reunião, na tarde desta terça-feira (2), com 617 dos 645 prefeitos do estado, na qual o objetivo foi prepará-los para mais restrições no estado.

    Como mostrou a CNN, Doria avalia levar todo o estado ainda nesta semana à fase vermelha, na qual só os serviços essenciais ficam abertos.

    No encontro, ele reforçou que distribuirá uma bolsa de R$ 450 a pessoas vulneráveis atingidas pela pandemia. Também disse que, para quem estiver desempregado, haverá possibilidade de prestar serviços remunerados para o estado ou fazer capacitação.

    Segundo prefeitos relataram à CNN, o tom de toda a reunião foi de prepará-los para mais restrições no estado. O discurso de alguns secretários, como Patricia Ellen (Desenvolvimento Econômico) e Marco Vinholi (Desenvolvimento Regional) foi nesse sentido, bem como as falas dos integrantes do Centro de Contingência: a taxa de contaminação cresce rapidamente e não adianta os prefeitos lutarem para abrir mais leitos de UTI. 

    Este, segundo eles, não é o caminho. E a saída é reduzir a transmissão e isso só se faz com a ampliação do isolamento social. 

    Para justificar, houve muitas menções a nova cepa da Covid-19 e à velocidade com a qual ela se transmite.

    “Sinto que estão preparando o espírito dos prefeitos, justificando com dados a possível decisão de todo o estado ir para a fase vermelha”, disse um dos prefeitos à CNN.

    Tanto que o cerimonial do Palácio dos Bandeirantes colocou prefeitos para falar que são favoráveis a um maior isolamento, como Orlando Morando, de São Bernardo do Campo; Luis Fernando Machado (PSDB), de Jundiaí, e Edinho Silva (PT), de Araraquara. Todos com o mesmo discurso.

    Edinho Silva, inclusive, disse que o estado deu todo o apoio para ele abrir leitos, mas que a falta de oxigênio não permite abertura de novos leitos mesmo havendo recursos.

    O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que pediu “apoio” dos prefeitos para que todos “falem a mesma língua e apoiem o estado em suas decisões”.