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    Em NY, Wellington Dias anuncia que países já podem aderir à Aliança Global Contra a Fome

    O primeiro país a formalizar a adesão deve ser a Alemanha, em um evento em Nova York ainda nesta quarta-feira, segundo fontes

    Cristiane Nobertoda CNN , em Brasília

    O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, anuncia ainda nesta quarta-feira (25) a abertura para a adesão de países à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa discutida e aprovada durante a presidência brasileira do G20.

    “A Aliança já está aberta à adesão voluntária de países e organizações interessadas; basta nos encaminhar suas declarações de compromisso com a eliminação da fome e da pobreza. A adesão é o primeiro passo para o sucesso desse grande esforço coletivo. Se caminharmos juntos, a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza será o melhor legado que poderíamos deixar para as futuras gerações”, diz.

    Para formalizar a adesão, Dias afirma que os países interessados devem se manifestar até a Cúpula do G20, marcada para 18 de novembro, no Brasil. Ele destaca que essa será uma oportunidade única para estabelecer parcerias que garantam a implementação de políticas sociais eficazes e focadas nos mais pobres e vulneráveis.

    Fontes próximas ao ministro, ouvidas pela CNN, afirmam que o primeiro país a formalizar a adesão será a Alemanha, em um evento em Nova York ainda nesta quarta-feira.

    Em seu discurso, Dias aponta a urgência de uma ação coordenada entre nações, organizações não governamentais e instituições financeiras para enfrentar a fome em escala global.

    Durante sua fala, o ministro fez referência à citação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura da Cúpula do Futuro da Organização das Nações Unidas (ONU), na qual ele enfatizou a “imoralidade” de aceitar que crianças durmam com fome. Dias destacou que, atualmente, a fome e a desnutrição infantil alcançam níveis alarmantes em diversas partes do mundo, o que torna a criação da aliança ainda mais relevante.

    A Aliança Global, aprovada em julho no Rio de Janeiro, visa unir esforços para implementar políticas eficazes e comprovadas no combate à fome e à pobreza. O ministro enfatizou que essa iniciativa não se limita aos países do G20; ela está aberta a todos os países e organizações que desejam colaborar.

    “Mas para funcionar a Aliança Global depende de uma real disposição dos países-membros, agências da ONU, organizações da sociedade civil, instituições financeiras internacionais, fundos e outros parceiros de aprimorarem sua forma de atuar em conjunto. Essas entidades estarão reunidas em torno dos três pilares da Aliança Global: nacional, financeiro e de conhecimento”, aponta Dias.

    O ministro também apontou que muitos países enfrentam dificuldades devido ao financiamento internacional fragmentado, que raramente atinge a escala necessária para induzir mudanças significativas. Ele destacou que a aliança busca mudar esse cenário, promovendo um intercâmbio de conhecimentos e experiências que ajudem a erradicar a fome e a pobreza em todo o mundo e que pode se tornar um legado significativo para as futuras gerações na luta contra a fome e a pobreza.

    Aliança Contra a Fome

    A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma proposta brasileira que visa unir esforços de países, organizações internacionais e instituições filantrópicas para erradicar a fome e a pobreza em escala global. Com uma estrutura operacional simples, a aliança terá sedes no Brasil e em Roma, na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), e contará com o Brasil arcando com metade dos custos.

    As adesões ocorrerão por meio de uma Declaração de Compromisso, permitindo a adaptação às necessidades de cada país. A nova iniciativa estará aberta a governos, organizações e ao setor privado, com a possibilidade de parcerias público-privadas.

    A aliança oferecerá apoio técnico e financeiro, contando com o respaldo do Banco Mundial e do Bird. A elaboração dos princípios da aliança resultou de um processo colaborativo envolvendo diversos países e organizações ao longo do ano.

    A expectativa é que a Aliança Global não apenas mobilize recursos, mas também crie um ambiente de cooperação que permita a troca de conhecimentos e experiências entre as nações.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?