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    Em Moscou, Bolsonaro visita homenagem a soldados soviéticos mortos na Segunda Guerra

    Homenagem aos combatentes mortos na batalha contra os nazistas fica nas proximidades do Kremlin, onde Bolsonaro se encontrou com Vladimir Putin em seguida

    Giovanna Galvanida CNN

    em São Paulo

    Para abrir a agenda de compromissos na Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou, na manhã desta quarta-feira (16), um monumento que homenageia soldados soviéticos mortos durante a Segunda Guerra Mundial, conhecido como Túmulo dos Soldados Desconhecidos.

    Bolsonaro, que desembarcou em Moscou na terça-feira (15), andou do hotel em que está hospedado até o monumento, localizado no Jardim de Alexandre, nas proximidades do Kremlin.

    O Túmulo dos Soldados Desconhecidos de Moscou foi inaugurado em 1969, quando a Rússia ainda era conhecida como União Soviética, e marcou os 25 anos da derrota de tropas nazistas nas proximidades de Moscou.

    No local, estão os restos mortais de um soldado morto em 1941 durante a Batalha de Stalingrado, na qual os soviéticos derrotaram tropas alemãs durante um severo inverno.

    A cerimônia contou com a deposição de uma coroa de flores e com um cortejo militar russo no local. Além do presidente, estavam presentes Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, Carlos França, das Relações Exteriores; Walter Braga Netto, da Defesa; Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência; e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.

    Após as homenagens, Bolsonaro andou até o Kremlin, sede do governo russo, para seu encontro com o presidente Vladimir Putin.

    Logo ao se encontrar com Putin, Bolsonaro afirmou que o Brasil era “solidário à Rússia” e que ambos países tinham “muito no que colaborar”, citando temas de defesa, petróleo e gás e agricultura.

    “Tenho certeza que até mesmo essa passagem por aqui dá um retrato para o mundo que nós podemos crescer muito com nossas relações bilaterais”, disse o presidente brasileiro, que também agradeceu Putin pelo indulto concedido a Robson Oliveira – motorista do jogador brasileiro Fernando Martins que foi detido na Rússia após transportar um medicamento ilegal no país, mas legal no Brasil.

    Um almoço entre os dois líderes estava previsto, bem como um pronunciamento conjunto após o encontro.

    A ida de Bolsonaro a Rússia chegou a ser questionada por ministros do governo por ocorrer em um momento sensível para a geopolítica da região: a Rússia é acusada por países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se organizar para atacar a Ucrânia; o país nega as intenções, mas exige dos Estados Unidos e aliados que limitem as atuações militares em conjunto com os ucranianos.

    O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou pela manhã (horário local russo) que a pauta “certamente” entraria na conversa de ambos, mas que a posição brasileira seria de buscar um caminho por meio de uma solução pacífica das conversas.

    Até então, a informação era que o governo brasileiro não trataria deste assunto, afirmou o enviado da CNN à Rússia, Mathias Brotero.

    Erramos: a primeira versão do texto trazia a informação de que o presidente visitou uma homenagem aos soldados russos, o que estava incorreto. A informação correta é que o local homenageia soldados soviéticos, o que foi corrigido no texto.