Em meio à polêmica das joias, Michelle Bolsonaro divulga vídeo mostrando rotina de trabalho no PL Mulher
Para adversários, a ex-primeira-dama e PL tentam se distanciar das investigações
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, segue tentando se distanciar do caso das joias que entraram ilegalmente no Brasil.
Nesta quarta-feira (8), por ocasião do Dia Internacional da Mulher, Michelle divulgou um vídeo institucional mostrando sua rotina de trabalho no Partido Liberal (PL), onde ocupa o cargo de presidente Nacional do PL Mulher.
A divulgação do vídeo é mais uma tentativa de Michelle e do próprio PL em tentar apresentar uma imagem de normalidade, diante da enxurrada de acusações que vem surgindo nos últimos dias.
As joias, avaliadas em R$ 16 milhões, eram presentes do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama e foram apreendidas pela Receita Federal.
No vídeo em questão, Michelle aparece na rotina de trabalho em um escritório. Ela conversa com outras mulheres, usa o computador e fala ao telefone.
Em um segundo momento, ela apresenta as histórias e conversa com mulheres que ocupam papel de destaque em diversas atividades.
A divulgação do vídeo foi um dos poucos movimentos públicos da ex-primeira-dama, desde que o caso veio à tona. No dia 3 de março, ela postou uma mensagem ironizando a situação: “Quer dizer que, ‘eu tenho tudo isso’ e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa impressa vexatória”, escreveu em uma rede social.
Depois, fez mais três publicações. Uma delas, enigmática: “O sentimento de hoje: Saudade do que nós não vivemos … “. E postou mais duas mensagens religiosas.
Hoje, dia 8 de março, foram duas publicações. Além do vídeo, um poema em homenagem ao Dia da Mulher.
Enquanto tenta publicamente manter distância do escândalo, segundo apuração da âncora Daniela Lima, Michelle Bolsonaro acionou um advogado durante o fim de semana para avaliar um requerimento formal para que as joias que vieram ilegalmente da Arábia Saudita durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) sejam enviadas de volta ao país do Oriente Médio.
Também nesta quarta, segundo interlocutores do PL, o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, foi aconselhado por demais membros do partido a não se envolver na história.
A expectativa é de que não haja uma defesa formal ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro por parte do PL, mas que um esforço concentrado para tentar distanciar ainda mais Michelle Bolsonaro do escândalo aconteça.
