Em meio a discussão sobre cortes, Lula diz ser “proibida a palavra gasto” quando se falar em educação
Ministros -- incluindo Camilo Santana, da Educação -- foram convocados para discutir cortes nos recursos das pastas pela equipe econômica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que é “proibida a palavra gasto” quando falar sobre educação.
A fala, que aconteceu nesta terça-feira (5) durante a abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Palácio do Planalto, em Brasília, vem em meio as discussões sobre cortes de gastos que afetarão o governo federal a partir do próximo ano.
“Desde a minha primeira reunião como presidente do Brasil, em 2003, eu disse: ‘Neste governo, vai ser proibido utilizar a palavra gasto quando a gente falar em educação’. Educação é investimento, e o investimento de mais retorno que um país pode ter. Nada pode dar mais retorno que a educação”, disse Lula.
Na tarde desta terça, houve a convocação pela Junta de Execução Orçamentária de ministros para discutir cortes nos recursos das suas pastas.
Entre eles, estavam:
- Camilo Santana, da Educação;
- Nísia Trindade, da Saúde;
- e Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego.
Posteriormente, houve um encontro com Carlos Lupi (Previdência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
A Junta é liderada pelos ministros responsáveis por definições no Orçamento:
- Fernando Haddad (Fazenda);
- Simone Tebet (Planejamento);
- Rui Costa (Casa Civil);
- e Esther Dweck (Gestão).
Segundo o Ministério da Fazenda, nas reuniões foram apresentados “o quadro fiscal do país” e que o texto foi “compreendido” pelos presentes, “assim como as propostas em discussão”.
Haddad disse na última segunda-feira (4) que o pacote de corte de gastos está “adiantado” do ponto de vista técnico e deve ser anunciado ainda nesta semana.