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    Em homenagem a autor de jingle, Bolsonaro chora, cita facada e alfineta Moro

    Planalto homenageou o compositor paraibano Pinto do Acordeon

    O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade, ao lado da viúva de Pinto do Acordeon, Madalena Alves Figueiredo, e a primeira-dama Michelle Bolsonaro
    O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade, ao lado da viúva de Pinto do Acordeon, Madalena Alves Figueiredo, e a primeira-dama Michelle Bolsonaro Foto: Reprodução (1º.set.2020)

    Anna Satie, da CNN em São Paulo

    O presidente Jair Bolsonaro participou nesta terça-feira (1º) de solenidade em homenagem ao compositor Pinto do Acordeon, que morreu em 21 de julho, aos 72 anos. 

    O músico fez parte da trupe de Luiz Gonzaga e teve a obra reconhecida como patrimônio imaterial do estado da Paraíba. Foi ele quem compôs o jingle da campanha de Bolsonaro à presidência em 2018. 

    Em discurso, o presidente chorou, relembrou os comícios que fez nacionalmente e o episódio da facada que sofreu em Juiz de Fora, Minas Gerais.

    “Aconteceu uma passagem esquisita, acho que essa investigação poderia ter chegado ao fim se tivesse escolhido melhor um ministro meu, que, lamentavelmente, não se comportou como toda a população sabia ou esperava que iria se comportar”, afirmou, sugerindo que se referia a Sergio Moro, que foi seu primeiro ministro da Justiça e acompanhou as investigações do caso.

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    Participaram da solenidade desta terça o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o secretário-especial da Cultura, Mario Frias, e o presidente da Embratur, Gilson Machado, que fizeram pronunciamentos elogiosos ao governo.

    Foi entregue uma placa à família de Pinto do Acordeon, que reconhece o legado artístico que deixou.

    A investigação da facada

    Dois inquéritos sobre o crime foram conduzidos pela Polícia Federal e chegaram à mesma conclusão, que não houve mandante para o ataque à faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha. 

    A primeira apuração foi concluída em setembro de 2018, mesmo mês e ano em que o crime foi cometido. A iniciativa de repetir a investigação foi da própria corporação, para assegurar que não houve participação de outras pessoas.

    Mesmo depois do arquivamento, Bolsonaro já pediu publicamente, em diversas ocasiões, uma nova investigação sobre o caso. 

    Em depoimento à PF, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse que o caso era motivo de conflito entre ele e o presidente. 

    Pinto do Acordeon

    O instrumentista Pinto do Acordeon
    O instrumentista Pinto do Acordeon
    Foto: Divulgação/Governo da Paraíba

    Pinto do Acordeon foi um compositor, cantor e instrumentista, nascido em Conceição, na Paraíba. 

    Ele trabalhou com Luiz Gonzaga, com quem partilhou apresentações. Suas composições ganharam voz de Elba Ramalho, Dominguinhos, Fagner e outros. 

    Acordeon morreu no último dia 21 aos 72 anos, em decorrência de um câncer.