Em fim de mandato na PGR, Aras reconduz aliados para outros braços do Ministério Público
Gestão do procurador termina em setembro, e lista tríplice foi elaborada por membros do MP para ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem cabe a escolha do sucessor
Em campanha para um terceiro mandato consecutivo à frente do Ministério Público, o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem aproveitado os últimos dias para atuar na recondução de aliados em outros braços da entidade.
É o caso do procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira, que ficará mais dois anos na função. A portaria da PGR com a nomeação foi publicada nesta terça-feira (25).
Antes disso, Aras havia concedido mais um mandato ao procurador-geral do Ministério Público Militar (MPM), Antônio Pereira Duarte. Segundo integrantes do MPM ouvidos pela CNN, assim como o colega PGR, o procurador da Justiça Militar é um entusiasta de um eventual terceiro mandato.
Coincidentemente, em meio a esses movimentos, o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Militar (MPM) e o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) divulgaram na semana passada uma nota conjunta em apoio a Augusto Aras.
O documento não faz referência direta a um possível terceiro mandato do PGR. No entanto, declara “o reconhecimento ao esforço empreendido pelo procurador-geral para viabilizar avanços notáveis e relevantes em prol da democracia”.
O mandato de Augusto Aras termina em setembro. Uma lista tríplice foi elaborada por membros do Ministério Público para ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem cabe a escolha. Nela estão os nomes de José Adonis Callou de Araújo Sá, Luiza Cristina Fonseca Frischeinsen e Mario Luiz Bonsaglia.