Em evento do PSB, Alckmin diz ter ficado à vontade ao ouvir Internacional Socialista
Indicado para vice de Lula, ex-governador ouviu hino socialista ao lado de petista
Em evento do PSB realizado na quinta-feira (28), em Brasília, Geraldo Alckmin afirmou ter ficado à vontade ouvindo o hino da Internacional Socialista antes de discursar. Disse ainda que a “social democracia também teve origem na luta social trabalhista”.
Sobre o evento, Alckmin pontuou que “foi ótimo, animadíssimo. É o que interessa ao povo: emprego, renda, melhorar a vida das pessoas. Política é esperança”.
O ex-presidente Lula (PT) também esteve presente no evento — chamado de Congresso Constituinte da autorreforma do PSB — e fez um pronunciamento.
A Internacional Socialista foi inicialmente um poema escrito pelo francês Eugene Pottier em 1871, mas publicado apenas em 1887, ano da morte do autor. Transformada em canção por Pierre Degeyter, foi e é utilizada na abertura de congressos socialistas no mundo todo, já que a Internacional se tornou um fórum de ideias e discussões partidárias. Sua atual organização foi fundada em 1889, em Paris.
A letra fala de união e critica o Estado e “ricos”, ressaltando os trabalhadores e a luta contra a exploração trabalhista [leia íntegra abaixo].
Mourão, hino brasileiro
Sem citar nenhum dos políticos ou o evento, o vice-presidente Hamilton Mourão publicou um post no Twitter nesta sexta-feira (29) com a bandeira do Brasil, junto com o texto: “Os brasileiros que verdadeiramente amam o Brasil e o seu povo, cantam o Hino Nacional, já os outros….”.
Antes da Internacional Socialista, o hino brasileiro foi tocado no evento desta quinta do PSB. Também ontem, Lula afirmou, com todas as letras, que concorrerá novamente ao Planalto em 2022.
Apesar de toda a movimentação da campanha que inclui o nome de Alckmin como vice na chapa do petista, foi a primeira vez que Lula assumiu a pré-candidatura de forma tão clara.
Leia a seguir a íntegra da letra da Internacional Socialista:
De pé, ó vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores
Bem unido façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, patrões, chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra-mãe livre e comum
Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Bem unido façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Crime de rico a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
Bem unido façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo quer só o que é seu
Bem unido façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Fomos de fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores
Se a raça vil, cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais
Bem unido façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas, deixai o mundo
Ó parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o Sol de fulgurar
Bem unido façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
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(publicado por Tiago Tortella, da CNN)