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    Em dia de manifestação pela democracia, Bolsonaro planeja reunião com empresários

    Presidente deve se reunir com representantes do setor produtivo em São Paulo; A campanha à reeleição discute estratégia para contrapor manifesto articulado pela Faculdade de Direito da USP

    Gustavo UribeGabriela CoelhoTainá Falcãoda CNN

    No dia em que é planejada uma manifestação em defesa da democracia, o presidente Jair Bolsonaro tem previsto um encontro com representantes do setor empresarial, na capital paulista.

    O encontro, marcado para 11 de agosto, é organizado pelo Grupo Esfera, que tem promovido uma série de reuniões com autoridades e políticos de direita, centro e esquerda, com a presença de grandes empresários.

    A presença do presidente na reunião, promovida pelo empresário João Camargo, é avaliada por aliados do presidente como uma oportunidade de ele se contrapor à manifestação marcada pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).

    A avaliação no Palácio do Planalto é de que o manifesto, que já reúne cerca de 73 mil assinaturas, acabou sendo politizado e se tornou uma tentativa de fazer uma crítica pública à gestão federal.

    Por isso, integrantes da campanha à reeleição discutem maneiras de se contrapor à manifestação. Uma delas, defendida por aliados do governo que conversaram com a CNN Brasil, é o lançamento de um documento favorável ao governo federal.

    A proposta seria recolher assinaturas junto a lideranças religiosas, sobretudo do segmento evangélico, e de empresários do agronegócio e do varejo, que costumam ter mais afinidade com a gestão atual.

    Na terça-feira (26), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, criticou o movimento capitaneado pela USP e disse que o manifesto é “contra” o presidente.

    Ele ressaltou ainda que banqueiros podem assinar manifesto a favor da democracia porque “sabem que não serão perseguidos”.Batizado de “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, o documento seria lido pelo ex-ministro do Supremo Celso de Mello durante evento em 11 de agosto, na USP.

    Porém, ele informou que razões físicas impedem que ele leia o manifesto. O grupo ainda não definiu quem seria o porta-voz no ato.

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