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    Em cúpula, Bolsonaro volta a defender redução de tarifa comum do Mercosul para combater inflação

    Em pronunciamento gravado aos líderes do bloco, presidente afirma trabalhar para “combater internamente as causas das pressões sobre os preços dos combustíveis e da energia”

    CNN , em São Paulo

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a pedir a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul em pronunciamento gravado e exibido nesta quinta-feira (21) durante encontro dos líderes do bloco, reunidos em Assunção, no Paraguai.

    Bolsonaro afirmou que o Brasil tem atuado para que o Mercosul tenha papel importante no enfrentamento dos atuais choques externos.

    “Defendemos a redução da Tarifa Externa Comum, o que dará uma importante contribuição no combate à inflação. Também temos conferido prioridade às negociações com grandes parceiros comerciais do Mercosul. O mundo de hoje precisa de mais comércios e investimentos”, afirmou.

    Em encontro anterior da cúpula, em dezembro do ano passado, Bolsonaro havia lamentado o fato de o Mercosul não ter revisado as tarifas.

    No discurso exibido hoje, o presidente defendeu também a continuidade da ampliação de fluxos de comércio e de investimentos na América Latina e no Caribe, com o objetivo de fortalecer as cadeias regionais de valor e reduzir a vulnerabilidade externa a crises internacionais.

    “Durante a presidência paraguaia, também fomos ativos defensores da agenda digital e se serviços, da integração produtiva nos setores de saúde e farmacêutico, do aprimoramento da infraestrutura física e logística e do fortalecimento do agronegócio sustentável. Todas essas são áreas fundamentais para enfrentarmos os desafios globais atuais em estarmos bem preparados para o futuro”, disse.

    Preços dos combustíveis e agricultura

    O presidente também mencionou ações para conter a alta no preço dos combustíveis e garantia do suprimento para a agricultura.

    “Estamos trabalhando para combater internamente as causas das pressões sobre os preços dos combustíveis e da energia, que nos últimos meses vinha afetando o poder de compra do povo brasileiro”, disse.

    “Temos assegurado o suprimento de fertilizantes para nossa agricultura que é fundamental para a segurança alimentar de parte do mundo”, completou.

    Os Ministérios das Relações Exteriores e da Economia divulgaram uma nota conjunta nesta quinta-feira informando que, durante reunião do Conselho do Mercado Comum,  em 20 de julho, o Mercosul acordou reduzir em 10% as alíquotas da Tarifa Externa Comum (TEC) para a maior parte do universo tarifário, resguardadas as exceções já existentes no bloco.

    “Trata-se de passo importante para aumentar a competitividade dos países do bloco e para o fortalecimento dos processos produtivos regionais, de maneira a promover uma inserção benéfica da produção do Mercosul nas cadeias globais de valor”, diz em nota.

    As pastas dizem ainda que o entendimento alcançado considera as diferentes necessidades dos sócios, demonstrando a capacidade do Mercosul de avançar com vocação construtiva em direção à atualização e à adaptação de sua estrutura tarifária às atuais condições do comércio regional e mundial, de forma equilibrada no que diz respeito às capacidades produtivas do bloco.

    “Esta é a primeira revisão horizontal da estrutura tarifária do bloco desde que a TEC foi estabelecida em 1995. A medida vale para cerca de 80% do universo tarifário e aproxima os níveis tarifários praticados pelo Brasil e demais sócios do bloco da média praticada internacionalmente, sobretudo pelos os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”.

    (Publicado por Lucas Rocha, da CNN)

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