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    Eleições 2022

    Em cenário inédito no país, abstenção no 2º turno é menor do que no 1º

    Percentual de eleitores aptos que deixaram de ir às urnas neste domingo foi de 20,59%, menor taxa em um segundo turno desde 2006

    Danilo MoliternoDaniel Reisda CNN

    Com o índice de abstenção de 20,59% registrado neste domingo (30), pela primeira vez em uma eleição presidencial mais eleitores compareceram às urnas no segundo turno do que no primeiro.

    A votação do último dia 2 havia registrado a maior abstenção da história de um primeiro turno, com 20,9%. Na ocasião, cerca de 32,7 milhões dos 156 milhões de eleitores aptos não foram às suas seções eleitorais.

    Neste domingo, a abstenção foi a menor registrada em um segundo turno desde 2006. Naquele pleito, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (à época no PSDB) se enfrentaram, 18,99% dos eleitores deixaram de votar.

    Agora aliados, Lula e Alckmin foram eleitos presidente e vice-presidente, respectivamente, no pleito deste domingo.

    A maior abstenção em segundo turno havia sido registrada em 2010, quando 21,50% dos eleitores aptos não votaram. Desde então, as abstenções se mantinham constantes, em torno dos 21% com variação nas casas decimais.

    Confira a série histórica das abstenções em 1º e 2º turno:

    Historicamente, abstenção aumenta no segundo turno

    Os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre abstenções mostravam que as taxas tendem a crescer entre o primeiro e segundo turno das eleições – histórico interrompido neste domingo (30).

    Em entrevista à CNN, o cientista político da FGV Cláudio Couto explicou que o aumento da abstenção entre os turnos é justificado pela insatisfação com os candidatos disponíveis.

    “A tendência sempre é da abstenção crescer do primeiro para o segundo turno, pois parte dos eleitores, insatisfeitos com as opções disponíveis, desiste de ir votar”, afirma Couto. Segundo ele, nos estados onde não haverá segundo turno da eleição estadual a abstenção pode ser ainda maior.

    Passe livre no transporte

    No pleito deste domingo, a Justiça Eleitoral adotou medidas para conter a abstenção.

    Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para autorizar prefeituras e empresas de ônibus a oferecerem transporte público gratuito no segundo turno das eleições, todas as capitais do país adotaram a gratuidade. No primeiro turno, apenas 15 capitais adotaram passe livre.

    Durante o pleito a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou mais de 500 operações sobre o transporte de eleitores, contrariando uma determinação do TSE. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, determinou a suspenção imediata das operações. Em coletiva, ele afirmou que o episódio não afetaria o resultado do pleito.

    Fotos – as imagens do segundo turno da eleição presidencial