Em ato pró-democracia no Rio de Janeiro, deputada do PCdoB sugere ‘pegar em armas’
Deputada estadual, enfermeira Rejane de Almeida sugeriu ‘pegar em armas’ contra os ‘fascistas’ durante a manifestação
Apesar da chuva, milhares de manifestantes ocuparam a praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro no início de segunda-feira (9).
O ato, que estava marcado para as 17h, só começou a ter concentração maior de público depois das 18h30, quando a chuva que atingia a capital fluminense desde cedo arrefeceu.
Um dos discursos chamou a atenção porque dividiu aplausos e vaias do público. A deputada estadual enfermeira Rejane de Almeida (PCdoB), sugeriu “pegar em armas contra os fascistas”.
Rejane defendeu a democracia, mas disse em seu discurso: “se quiserem pegar em armas, nós vamos pegar em armas também”.
“Vamos estar ocupando todos os espaços políticos e é assim que a gente sabe governar. […] Aqui tem homens e mulheres que não fogem da luta. Vamos ocupar as ruas e falar pra vocês: nós queremos o amor, mas se for com as armas, nos vamos lutar, companheiros. Golpistas não passarão”, completou.
Única deputada do PCdoB nesta legislatura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rejane ocupou a vaga de candidata à vice na chapa de Benedita da Silva (PT) na eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro, em 2020, quando Eduardo Paes (PSD) foi eleito.
Dois caminhões de som foram posicionados em frente à Câmara Municipal e ao Theatro Municipal da cidade. Agentes da Guarda Civil e da Polícia Militar acompanharam o ato.
A reportagem da CNN registrou no meio do protesto representantes de movimentos sociais, especialmente de luta por moradia, e sindicatos, como a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), além de militantes de partidos de esquerda, como PT, PV, Psol e PSTU.
Entre os políticos presentes estavam os deputados federais eleitos Reimont (PT), Tarcísio Motta (Psol), a deputada estadual eleita Dani Balbi (PCdoB) e o deputado estadual Flavio Serafini (Psol), além de vereadores.
Durante os discursos, os manifestantes pediram que não houvesse anistia aos invasores do Congresso presos pelas forças policiais em Brasília, a defesa da democracia e o fim do “bolsonarismo”. Eles lembraram ainda a repressão da PM contra professores.
Nenhuma rua foi fechada e nenhum conflito foi registrado.