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    Em acordo com Planalto, centrão tenta atrair nanicos para bancada pró-governo

    Renata Agostinida CNN

    As siglas do centrão que negociam adesão ao governo Jair Bolsonaro sinalizaram ao Palácio do Planalto que mantém conversas com partidos menores para, caso tenham seus pleitos por cargos atendidos, possam trazê-los à nova base parlamentar de Jair Bolsonaro no Congresso.

    No foco do grupo está atrair deputados de “siglas nanicas” como Avante, Patriotas e Pros para formar um bloco favorável ao governo com cerca de 170 deputados na casa, segundo líderes que participam das conversas relataram à CNN.

    A promessa do centrão foi vista com bons olhos pelo Planalto, que não precisaria negociar diretamente com cada um desses partidos.

    A indicação feita pelo centrão é que as siglas menores, caso aceitem aderir ao bloco, seriam contempladas com cargos dentro da estrutura que PL, Republicanos e Progressistas passariam a controlar. Na mesa em negociação com o Palácio do Planalto, estão o controle do Banco do Nordeste, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), além de secretarias no Ministério do Desenvolvimento Regional e no Ministério da Saúde. 

    Líder do Progressistas na Câmara, o deputado Arthur Lira, está envolvido diretamente nas negociações juntamente com o líder do Republicanos na Câmara, Jhonatan de Jesus. 

    Lira comanda um bloco em que estão boa parte desses partidos nanicos. Além do PL e do PSD, que já estão em tratativas diretas com auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o bloco liderado por Lira é integrado ainda por Pros, Solidariedade, Avante, PTB, MDB e DEM.

    O MDB e o DEM, por ora, não aderiram às tratativas. Partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a sigla tenta manter os espaços que já foram conquistados. Teve êxito ao bloquear o avanço do centrão sobre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Mas tenta agora recompor a interlocução com o Planalto desde que Bolsonaro entrou em colisão direta com Rodrigo Maia.