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    Em 2018, Alckmin defendia reforma trabalhista; PT agora defende revogação

    Ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a reforma trabalhista; PT defende revogação

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) se encontram com sindicalistas representantes das principais centrais sindicais brasileiras nesta quinta-feira (14.abr.2022)
    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) se encontram com sindicalistas representantes das principais centrais sindicais brasileiras nesta quinta-feira (14.abr.2022) ISAAC FONTANA/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

    Da CNN

    Em São Paulo

    Ao lado de Geraldo Alckmin (PSB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a reforma trabalhista durante um discurso a sindicalistas nesta quinta-feira (14).

    O PT, de acordo com documento a que a CNN teve acesso, passou a defender aos demais partidos que compõem a federação a revogação da reforma trabalhista aprovada pelo ex-presidente Michel Temer em 2017. Na última sexta-feira (8), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) indicou Alckmin para como pré-candidato à vice-Presidência da República na chapa com Lula. Apesar da aliança recente, o ex-governador e o petista têm histórico de críticas mútuas e desavenças.

    A iniciativa do PT é oposta ao que defendia em 2018 Geraldo Alckmin — à época, o ex-governador de São Paulo disputou a presidência da República pelo PSDB. Em um jantar com empresários de Belo Horizonte em 2018, por exemplo, Alckmin afirmou que não faria alterações na reforma trabalhista. “Trabalhei muito por ela”, disse na época.

    Além disso, o ex-governador de São Paulo ressaltou que era contra a contribuição sindical obrigatória em um post no Twitter. Na ocasião, a declaração não foi bem vista pelo grupo de aliados, que incluía o Solidariedade, ligado às centrais sindicais.

    Alckmin também prometia “reformas estruturantes ainda no primeiro semestre do governo”. O que incluía a simplificação tributária, com unificação de impostos, a revisão do modelo de representação política e a reforma do sistema previdenciário.

    No evento desta quinta-feira com sindicalistas, Alckmin, que estava ao lado de Lula, não citou a questão das reformas, mas fez uma fala alinhada aos sindicalistas.

    “Eu quero dizer a vocês [sindicalistas] que venho somar o meu esforço, pequeno e humilde, mas de coração e entusiasmo nesta luta do Brasil. A luta de vocês, a luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular do Brasil. Lula. Viva Lula, viva os trabalhadores do Brasil”, discursou.

    Já Lula, no evento, fez críticas às reformas trabalhista e tributária.

    Lula disse que a reforma trabalhista de 2017 tentou achar “uma solução com o trabalho intermitente, fazendo com que o trabalhador não tenha direito”. Depois, voltou a criticar a proposição de reformas no geral, citando também a mudança das leis previdenciárias de 2019.

    “Toda vez que ouço reforma, penso que coisas vão melhorar — reformar um carro é para melhorar, uma casa é para melhorar. Toda vez que eles falam em reforma, é para destruir alguma coisa que o povo trabalhador conquistou nesse país”, disse o petista.

    CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por todas as plataformas digitais.

    (Publicado por Ana Nunes)