Eleitores brasileiros que vivem no exterior têm aumento de 39,21% em relação a 2018, diz TSE
Número geral de jovens aptos a votar este ano no Brasil também está refletido fora do país; São 1.144 eleitores com 17 anos
Para as eleições deste ano, 697.078 eleitoras e eleitores que vivem no exterior estão aptos para votar, um aumento de 39,21% em relação ao pleito de 2018, quando eram 500.727. Os dados do Cadastro Eleitoral divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam ainda que houve um crescimento expressivo no eleitorado brasileiro fora do país nos últimos quatro anos.
O aumento significativo no número geral de jovens aptos para votação em 2022 no Brasil também está refletido no exterior. São 1.144 eleitores com 17 anos aptos a votar vivendo fora do país. Em 2018 eram 328 e, em 2014, eram apenas 234 jovens com voto facultativo. Os dados de 2022 mostram ainda 691 eleitores com 16 aptos a votar fora do Brasil. Em 2018, foram registrados 53 e, em 2014, 48 jovens nessa faixa etária.
Segundo as estatísticas, em relação à faixa etária, 100.481 eleitores aptos a votar fora do Brasil possuem entre 40 a 44 anos (14,41%) e 97.631 entre 35 a 39 anos (14,01%).
Entre os brasileiros que moram no exterior e estão aptos a votar em 2022, em comparação com 2014, segundo dados do TSE, houve um aumento de 96,81%, uma vez que nas eleições daquele ano 354.184 pessoas se cadastraram para votar fora do Brasil.
O primeiro turno está marcado para 2 de outubro. Eventuais segundos turnos serão disputados em 30 de outubro. Quem mora no exterior pode votar apenas para presidente e vice-presidente.
Na semana passada, a Corte também divulgou que houve recorde no número de pessoas aptas a votar. Há 156.454.011 potenciais eleitores, alta de 6% em relação ao último pleito presidencial, em 2018.
As mulheres continuaram como maioria entre os eleitores. Elas são 53% do total de votantes aptos. Entretanto, em 2022, 59% do eleitorado no exterior é do sexo masculino, ao contrário da percentagem geral.
Quanto ao grau de instrução, diferentemente de 2018 e 2014, a maioria dos eleitores neste ano declararam ter o ensino médio completo, equivalente a 26% do eleitorado. Nas duas eleições gerais anteriores a maior parte tinha o ensino fundamental incompleto.
Já no exterior, cerca de 42% dos eleitores (292.741) possuem curso superior completo.
O presidente do TSE, o ministro Edson Fachin, afirmou que os números são “efetivamente impressionantes” e demonstram “a pujança cívica da cidadania”, uma vez que os dados revelam “o maior eleitorado cadastrado da história brasileira”.