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    Eleições 2022

    Eleitorado moderado irá definir quem será o próximo presidente, diz especialista

    Para Renato Meirelles, presidente do instituto Locomotiva, dificilmente haverá transferência de votos entre Lula e Bolsonaro

    Anna Gabriela CostaElis Francoda CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, neste sábado (9), o presidente do instituto Locomotiva, Renato Meirelles, comentou sobre os atos políticos deste sábado –liderados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao analisar o posicionamento dos pré-candidatos, o especialista destacou que a definição da eleição virá do eleitorado moderado.

    Para Meirelles, dificilmente haverá a conversão de votos entre os eleitores de Lula e Bolsonaro, deixando a decisão ao público do centro.

    “Será exatamente essa parcela do eleitorado [moderado] que irá definir quem será o próximo presidente do Brasil. Essa parcela é importante porque temos, de um lado, entre os bolsonaristas, 20% do eleitorado, que faça o que fizer Bolsoanaro, não deixam de votar no presidente. O Lula tem a mesma porcentagem, talvez um pouco mais de brasileiros que não deixam de votar nele”, disse Meirelles.

    “As pesquisas têm mostrado que a disputa se dará na coluna do meio, visto que é muito difícil a transferência de voto. O que tem de plano de crescimento nessa eleição é conseguir conquistar essa coluna do meio”, acrescentou o presidente do instituto Locomotiva.

    Atos políticos em São Paulo

    Os dois pré-candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para a Presidência participaram de eventos em São Paulo neste sábado (9).

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou da Marcha para Jesus, na zona norte da capital paulista, e discursou duas vezes: na chegada ao evento, antes de iniciar o trajeto até a praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próxima ao Campo de Marte, e no palco do encontro, que reúne milhares de evangélicos na capital.

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve em Diadema, na Grande São Paulo, ao lado do candidato na chapa a seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), entre outros aliados, para participar de ato chamado “Em Defesa da Democracia”, que aconteceu na Praça da Moça.

    “Tivemos mais do mesmo hoje, mas com o objetivo bastante claro: de um lado, consolidar o campo de alianças que o ex-presidente Lula fez com os partidos mais a esquerda. Vamos lembrar que hoje foi o primeiro ato em que Márcio França participa após desistir da sua candidatura a governador. Ele estava em segundo lugar nas pesquisas em São Paulo”, disse Meirelles.

    Sobre a participação de Bolsonaro no evento Marcha para Jesus, Renato Meirelles afirmou que o presidente buscou “se posicionar como Messias”.

    “Do outro lado, enxergamos Bolsonaro tentando fazer uma demonstração de força na Marcha para Jesus, que historicamente é um dos movimentos que mais leva gente para a rua, mas com um discurso que de alguma forma dialoga com seu nome do meio. Nós vimos aí nos últimos anos o Bolsonaro sendo cada vez mais Bolsonaro. A gente começa agora no processo eleitoral com Bolsonaro querendo ser um Messias, se posicionar como Messias na luta do bem contra o mal, e em um cenário em que o eleitor queria mas Jair e menos Messias”, finaliza Meirelles.

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