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    Eleições 2022

    Eleitor aponta economia, questões sociais e saúde como principais problemas, diz Quaest

    Levantamento ouviu 2.000 pessoas, presencialmente, entre os dias 25 e 28 de agosto

    Carolina Cerqueirada CNN

    Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (31), mostra que os temas economia, questões sociais e saúde/pandemia são apontados como os principais problemas do Brasil, segundo os eleitores.

    A pauta econômica é citada como maior problema para 37% dos entrevistados, enquanto 20% respondem questões sociais, e 16%, saúde/pandemia. Somados, o índice dos três temas chega a 73% dos entrevistados.

    O número que respondeu economia vem recuando desde maio, quando o tema era apontado como principal preocupação por 50% dos entrevistados. Na última pesquisa, realizada no dia 17 de agosto, o percentual era de 40%, caindo três pontos percentuais agora.

     

    A quantidade de pessoas que responderam “questões sociais” vinha subindo desde junho, quando somava 11%. Na última pesquisa, no entanto, chegou a 21%, oscilando um ponto para baixo na pesquisa divulgada nesta quarta.

    O número de pessoas que responderam saúde/pandemia, por sua vez, subiu de 13%, há 15 dias, para 16% agora.

    Entre os outros temas, corrupção é o principal problema apontado por 6% dos entrevistados, enquanto educação e violência empatam com 5%. Os que apontaram outros problemas somam 8%, e os que disseram não saber ou que não responderam são 3%.

    O levantamento ouviu 2.000 pessoas face a face em 120 municípios entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro, no cenário geral, é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

    A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00585/2022.

    Principal problema do Brasil hoje:

    • Economia: 37%
    • Questões sociais: 20%
    • Saúde/Pandemia: 16%
    • Outros: 8%
    • Corrupção: 6%
    • Educação: 5%
    • Violência: 5%
    • Não sabem ou não responderam: 3%

    Considerando apenas fatores econômicos, 13% dos entrevistados consideram a crise econômica como o principal problema, frente aos 12% que responderam inflação e a outros 12% que citaram desemprego.

    Considerando apenas questões sociais, 15% dos entrevistados consideraram a fome e a miséria como os problemas mais graves, à frente de desigualdade (2%), pobreza e pessoas nas ruas (2%) e habitação e moradia (0%).

    Percepção sobre a economia do país

    A parcela dos entrevistados que considera que a economia piorou no último ano é de 52%, de acordo com a pesquisa. O número foi o mesmo do levantamento anterior, feito em 17 de agosto. Na pesquisa de julho, no entanto, o percentual era de 64%.

    Para 23%, a economia ficou do mesmo jeito. Em julho, o número era 19%. Para 22% dos entrevistados, houve melhora, número que cresceu sete pontos percentuais na comparação com a pesquisa de julho. Os que não sabem ou não responderam são 2%.

    Percepção sobre a economia no último ano

    • Piorou: 52%
    • Ficou do mesmo jeito: 23%
    • Melhorou: 22%
    • Não sabem ou não responderam: 2%

    No recorte por renda domiciliar, o índice de entrevistados que consideram que a economia piorou no último é mais alto entre aqueles que ganham até dois salários mínimos – 55%, contra 51% entre quem recebe entre dois e cinco salários mínimos e 49% para aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos.

    Da mesma forma, o eleitorado com maior renda domiciliar também é quem mais avalia que a economia melhorou no último ano (31%). O índice cai para 23% entre quem recebe entre dois e cinco salários mínimos e 16% para os eleitores de menor renda.

    Percepção sobre a economia no último ano (por renda domiciliar):

    Até 2 salários mínimos:

    • Piorou: 55%
    • Ficou do mesmo jeito: 25%
    • Melhorou: 16%
    • Não sabem ou não responderam: 4%

    Entre 2 e 5 salários mínimos:

    • Piorou: 51%
    • Ficou do mesmo jeito: 24%
    • Melhorou: 23%
    • Não sabem ou não responderam: 2%

    Mais de 5 salários mínimos:

    • Piorou: 49%
    • Melhorou: 31%
    • Ficou do mesmo jeito: 19%
    • Não sabem ou não responderam: 1%

    Capacidade de pagar contas

    A Quaest também perguntou aos entrevistados sobre a capacidade de pagar as contas nos últimos três meses. Para 51%, essa capacidade piorou, enquanto 24% responderam que ficou igual, mesmo número que respondeu que essa capacidade melhorou.

    No recorte por renda familiar, todos os grupos concordam que a capacidade de pagar contas piorou, e novamente esse índice é maior entre quem recebe até dois salários mínimos (59%).

    Capacidade de pagar contas nos últimos 3 meses

    • Piorou: 51%
    • Melhorou: 24%
    • Ficou do mesmo jeito: 24%
    • Não sabem ou não responderam: 1%

    Capacidade de pagar contas nos últimos 3 meses (por renda familiar)

    Até 2 salários mínimos:

    • Piorou: 59%
    • Melhorou: 21%
    • Ficou do mesmo jeito: 19%
    • Não sabem ou não responderam: 1%

    Entre 2 e 5 salários mínimos:

    • Piorou: 49%
    • Melhorou: 26%
    • Ficou do mesmo jeito: 24%
    • Não sabem ou não responderam: 1%

    Mais de 5 salários mínimos:

    • Piorou: 41%
    • Melhorou: 25%
    • Ficou do mesmo jeito: 35%
    • Não sabem ou não responderam: 0%

    Entre 57% dos que recebem Auxílio Brasil, a capacidade de pagar contas nos últimos três meses piorou. Para 26%, melhorou, e para 15%, ficou do mesmo jeito.

    Capacidade de pagar contas nos últimos 3 meses (Auxílio Brasil)

    Recebe Auxílio Brasil:

    • Piorou: 57%
    • Melhorou: 26%
    • Ficou do mesmo jeito: 15%
    • Não sabem ou não responderam: 2%

    Não recebe Auxílio Brasil:

    • Piorou: 50%
    • Melhorou: 23%
    • Ficou do mesmo jeito: 27%
    • Não sabem ou não responderam: 0%

    Debate

    As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

    O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

    FOTOS — Conheça todos os presidentes da história do Brasil

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