Eleitor aponta economia, questões sociais e saúde como principais problemas, diz Quaest
Levantamento ouviu 2.000 pessoas, presencialmente, entre os dias 25 e 28 de agosto
Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (31), mostra que os temas economia, questões sociais e saúde/pandemia são apontados como os principais problemas do Brasil, segundo os eleitores.
A pauta econômica é citada como maior problema para 37% dos entrevistados, enquanto 20% respondem questões sociais, e 16%, saúde/pandemia. Somados, o índice dos três temas chega a 73% dos entrevistados.
O número que respondeu economia vem recuando desde maio, quando o tema era apontado como principal preocupação por 50% dos entrevistados. Na última pesquisa, realizada no dia 17 de agosto, o percentual era de 40%, caindo três pontos percentuais agora.
A quantidade de pessoas que responderam “questões sociais” vinha subindo desde junho, quando somava 11%. Na última pesquisa, no entanto, chegou a 21%, oscilando um ponto para baixo na pesquisa divulgada nesta quarta.
O número de pessoas que responderam saúde/pandemia, por sua vez, subiu de 13%, há 15 dias, para 16% agora.
Entre os outros temas, corrupção é o principal problema apontado por 6% dos entrevistados, enquanto educação e violência empatam com 5%. Os que apontaram outros problemas somam 8%, e os que disseram não saber ou que não responderam são 3%.
O levantamento ouviu 2.000 pessoas face a face em 120 municípios entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro, no cenário geral, é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00585/2022.
Principal problema do Brasil hoje:
- Economia: 37%
- Questões sociais: 20%
- Saúde/Pandemia: 16%
- Outros: 8%
- Corrupção: 6%
- Educação: 5%
- Violência: 5%
- Não sabem ou não responderam: 3%
Considerando apenas fatores econômicos, 13% dos entrevistados consideram a crise econômica como o principal problema, frente aos 12% que responderam inflação e a outros 12% que citaram desemprego.
Considerando apenas questões sociais, 15% dos entrevistados consideraram a fome e a miséria como os problemas mais graves, à frente de desigualdade (2%), pobreza e pessoas nas ruas (2%) e habitação e moradia (0%).
Percepção sobre a economia do país
A parcela dos entrevistados que considera que a economia piorou no último ano é de 52%, de acordo com a pesquisa. O número foi o mesmo do levantamento anterior, feito em 17 de agosto. Na pesquisa de julho, no entanto, o percentual era de 64%.
Para 23%, a economia ficou do mesmo jeito. Em julho, o número era 19%. Para 22% dos entrevistados, houve melhora, número que cresceu sete pontos percentuais na comparação com a pesquisa de julho. Os que não sabem ou não responderam são 2%.
Percepção sobre a economia no último ano
- Piorou: 52%
- Ficou do mesmo jeito: 23%
- Melhorou: 22%
- Não sabem ou não responderam: 2%
No recorte por renda domiciliar, o índice de entrevistados que consideram que a economia piorou no último é mais alto entre aqueles que ganham até dois salários mínimos – 55%, contra 51% entre quem recebe entre dois e cinco salários mínimos e 49% para aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos.
Da mesma forma, o eleitorado com maior renda domiciliar também é quem mais avalia que a economia melhorou no último ano (31%). O índice cai para 23% entre quem recebe entre dois e cinco salários mínimos e 16% para os eleitores de menor renda.
Percepção sobre a economia no último ano (por renda domiciliar):
Até 2 salários mínimos:
- Piorou: 55%
- Ficou do mesmo jeito: 25%
- Melhorou: 16%
- Não sabem ou não responderam: 4%
Entre 2 e 5 salários mínimos:
- Piorou: 51%
- Ficou do mesmo jeito: 24%
- Melhorou: 23%
- Não sabem ou não responderam: 2%
Mais de 5 salários mínimos:
- Piorou: 49%
- Melhorou: 31%
- Ficou do mesmo jeito: 19%
- Não sabem ou não responderam: 1%
Capacidade de pagar contas
A Quaest também perguntou aos entrevistados sobre a capacidade de pagar as contas nos últimos três meses. Para 51%, essa capacidade piorou, enquanto 24% responderam que ficou igual, mesmo número que respondeu que essa capacidade melhorou.
No recorte por renda familiar, todos os grupos concordam que a capacidade de pagar contas piorou, e novamente esse índice é maior entre quem recebe até dois salários mínimos (59%).
Capacidade de pagar contas nos últimos 3 meses
- Piorou: 51%
- Melhorou: 24%
- Ficou do mesmo jeito: 24%
- Não sabem ou não responderam: 1%
Capacidade de pagar contas nos últimos 3 meses (por renda familiar)
Até 2 salários mínimos:
- Piorou: 59%
- Melhorou: 21%
- Ficou do mesmo jeito: 19%
- Não sabem ou não responderam: 1%
Entre 2 e 5 salários mínimos:
- Piorou: 49%
- Melhorou: 26%
- Ficou do mesmo jeito: 24%
- Não sabem ou não responderam: 1%
Mais de 5 salários mínimos:
- Piorou: 41%
- Melhorou: 25%
- Ficou do mesmo jeito: 35%
- Não sabem ou não responderam: 0%
Entre 57% dos que recebem Auxílio Brasil, a capacidade de pagar contas nos últimos três meses piorou. Para 26%, melhorou, e para 15%, ficou do mesmo jeito.
Capacidade de pagar contas nos últimos 3 meses (Auxílio Brasil)
Recebe Auxílio Brasil:
- Piorou: 57%
- Melhorou: 26%
- Ficou do mesmo jeito: 15%
- Não sabem ou não responderam: 2%
Não recebe Auxílio Brasil:
- Piorou: 50%
- Melhorou: 23%
- Ficou do mesmo jeito: 27%
- Não sabem ou não responderam: 0%
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
FOTOS — Conheça todos os presidentes da história do Brasil
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