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    Eleições vão embasar reforma ministerial

    O presidente Jair Bolsonaro vai considerar o resultado partidário que sairá das urnas neste domingo como fator relevante para a reforma ministerial

    Caio Junqueirada CNN

     

    O presidente Jair Bolsonaro vai considerar o resultado partidário que sairá das urnas neste domingo como fator relevante para a reforma ministerial que pretende fazer em fevereiro, após outra eleição que ajudará a redefinir o jogo de forças da política nacional: a sucessão das mesas da Câmara e do Senado, no dia 1 de fevereiro. 

    A interlocutores, ele já disse ter pelo menos um nome que sacará da Esplanada: o do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Na leitura de seus interlocutores, a pasta tem forte potencial eleitoral e deve ser entregue a um partido aliado, já numa tentativa do governo de sinalizar a eles que pretende tê-los juntos em uma chapa na campanha da reeleição.

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    Ainda mais porque nas projeções do governo os partidos de centro devem crescer nas eleições municipais. Como parte dos partidos integram a base aliada, a intenção do governo é privilegiá-los. Isso porque a avaliação é a de que o partido de Marcelo pouco agrega a Bolsonaro neste projeto. Marcelo Álvaro Antonio é do PSL, que rompeu com o presidente e não deverá compor com ele em 2022. 

    Além disso, claro, a oferta da pasta também tem por objetivo oferecer espaços na Esplanada aos partidos como uma forma de garantir apoio ao candidato preferido do governo na eleição da Câmara, o líder do PP, Arthur Lira. O governo está decidido a operar nos bastidores contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM.

    Marcelo Alvaro Antonio foi procurado pela coluna, mas ainda não se manifestou.

    Por outro lado, ao menos até o momento, o presidente Jair Bolsonaro não deu nenhum sinal a seus interlocutores de que pretende substituir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles.  

    Ambos passaram a ser alvo de possível substituição, tendo em vista a vitória do democrata Joe Biden nas eleições americanas.  

    Ernesto porque apostou todas as fichas no republicano Donald Trump e Salles porque a agenda ambiental deverá ser um ponto de tensão entre Biden e Bolsonaro. O presidente, porém, avalia que ambos são queridos  pela base bolsonarista mais fiel e que uma eventual substituição deles desagradaria essa base.

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