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    Eleições 2022

    Eleições estaduais com virada no 2º turno representam menos de um terço das disputas

    Nas 107 vezes em que houve segundo turno para definição do cargo de governador, aconteceram 30 viradas

    Leonardo Rodriguesda CNN

    em São Paulo

    Doze estados definirão, em 30 de outubro, seus governadores no segundo turno das eleições. O histórico desde 1990, quando passou a vigorar a possibilidade de haver a segunda rodada de votação, aponta que, em cerca de 72% das disputas, o vencedor do primeiro turno manteve a posição no segundo. Houve virada em 28% dos casos.

    Das 107 eleições estaduais que foram definidas em segundo turno desde então, 77 foram vencidas pelos candidatos que obtiveram mais votos no primeiro. Nas outras 30, o segundo colocado na primeira votação conseguiu virar e se eleger.

    Veja abaixo o mapa das viradas pelo Brasil.

    Os estados com segundo turno em 2022

    Em nove estados, nunca houve virada quando o segundo turno foi realizado: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Tocantins.

    Em 2022, três destes terão segunda votação no fim do mês: Alagoas, Bahia e Espírito Santo.

    Nas outras 18 unidades da federação, os eleitores mudaram o líder de um turno para o outro ao menos uma vez. Pará e Santa Catarina tiveram três viradas e lideram no quesito.

    Os outros nove estados em que haverá segundo turno em 2022 estão dentro desse grupo: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

    Casos de virada

    Nas últimas eleições gerais, há quatro anos, dois governadores cresceram no segundo turno. Em Santa Catarina, Carlos Moisés, do antigo PSL, teve 29,72% dos votos no primeiro turno, atrás de Gelson Merísio (PSD), com 31,12%. No segundo turno, Moisés foi eleito com mais de 70% dos votos.

    Em Rondônia, Coronel Marcos Rocha, também no PSL, saltou de 23,99% no primeiro turno para 66,34% no segundo, superou Expedito Júnior (PSDB) e foi eleito governador.

    Em Minas Gerais, a eleição de 1994 teve a maior desvantagem revertida na história. No primeiro turno, Eduardo Azeredo (PSDB) ficou 21,1 pontos percentuais abaixo de Hélio Costa (PP), que obteve 48,3% dos votos válidos.

    No segundo turno, o tucano ganhou mais de 25 pontos e foi eleito com 58,65% de votos, enquanto o adversário baixou para 41,35%.

    “Reincidentes”

    Como vencedores ou derrotados, políticos viveram viradas em mais de uma oportunidade. No Paraná, Roberto Requião (na época do MDB) saiu em desvantagem em 1990 e 2002, mas se elegeu. Ele ficou atrás de José Carlos Martinez (PRN) e Álvaro Dias (então no PDT), respectivamente, nos pleitos. Por fim, passou de 55% dos votos nas duas vezes.

    Mão Santa (então do PMDB) precisou de viradas em dois pleitos seguidos no Piauí. Em 1994, ficou sete pontos atrás de Átila Lira (PFL) no primeiro turno, mas abriu 11 pontos de vantagem em relação ao opositor no embate final.

    Quatro anos depois, enfrentou Hugo Napoleão (PFL), que teve 43,74% dos votos no primeiro turno, contra seus 40,58%. No segundo turno, foi reeleito com 50,96%.

    Paulo Maluf (PP) sofreu duas viradas em São Paulo. Em 1990, ficou à frente no primeiro turno com 43,5% dos votos, mas seu oponente Luiz Antônio Fleury Filho (do então PMDB) terminou eleito com 51,77% no segundo turno.

    Oito anos depois, Maluf voltou a liderar o turno inicial, com 32,21% contra 22,95% do adversário Mário Covas (PSDB). O tucano, então governador, foi reeleito com 55,37% no segundo turno.

    Cenários de 2022

    Neste ano, as distâncias nas eleições estaduais que terão segundo variam de 1,5 a 21,8 pontos percentuais.

    A menor diferença foi registrada em Mato Grosso do Sul, onde Capitão Contar (PRTB) liderou com 26,7% dos votos, contra 25,2% de Eduardo Riedel (PSDB).

    A maior aconteceu no Amazonas: Eduardo Braga (MDB) ficou com 21% no primeiro turno, contra 42,8% do governador Wilson Lima (União Brasil).

    Corrida presidencial

    Nas seis vezes em que o Brasil vivenciou um segundo turno para presidente (em 1989, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018), nunca houve uma virada. Em 30 de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) se enfrentam pelo cargo.

    Fotos — Os 15 governadores eleitos no primeiro turno