Eleições 2022: Nove ex-ministros de Bolsonaro se elegem, e três vão ao 2º turno

Dos 17 ex-ministros do presidente Jair Bolsonaro (PL) que disputaram as eleições deste ano, ao menos nove foram eleitos no domingo (2). Além deles, dois estão no segundo turno nas disputas por governos estaduais. O pleito está marcado para 30 de outubro.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura, concorre em São Paulo contra Fernando Haddad (PT), que é ex-ministro da Educação do governo Lula. No Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL), que comandou Casa Civil, Trabalho e Previdência Social, Secretaria-Geral da Presidência e Cidadania, disputa o governo com o ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB).

Walter Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, concorre como vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os ex-ministros eleitos para o Senado, estão:

• Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações;
• Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional;
• Sergio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
• Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
• Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Para a Câmara dos Deputados, quatro ex-ministros saíram vitoriosos das urnas. Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), do Turismo; Eduardo Pazuello (PL-RJ), da Saúde; Ricardo Salles (PL-SP), do Meio Ambiente; e Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania, ocuparão a Casa Legislativa.

Os ex-ministros eleitos estão em sete estados brasileiros e no Distrito Federal. De 2019 a 2022, o presidente nomeou, ao todo, 57 ministros.

Os ex-ministros de Bolsonaro que se candidataram, mas não foram escolhidos pela população nas urnas são Gilson Machado (PL-PE), João Roma (PL-BA), Luiz Henrique Mandetta (União Brasil-MS), Abraham Weintraub (PMB-SP) e Flávia Arruda (PL-DF).

Neste ano, 19 ex-ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nove foram eleitos, e nove ficaram sem cargos. Fernando Haddad (PT) disputa o segundo turno pelo governo de São Paulo.

A relação entre ministérios e política

Na história do Brasil, há diversos casos em que ministros ganharam peso político e concorreram a cargos eletivos. A lista de presidentes da República tem diversos exemplos. O quarto presidente da história do país, Campos Sales, havia sido ministro da Justiça durante o governo de Deodoro da Fonseca.

O quinto presidente, Rodrigues Alves, comandou a Fazenda nos governos de Floriano Peixoto e Prudente de Moraes, segundo e terceiro presidentes do país, respectivamente.

Hermes da Fonseca foi ministro da Guerra de Afonso Pena. Epitácio Pessoa comandou mais de uma pasta durante o governo Campos Sales. E Getúlio Vargas chefiou a Fazenda de Washington Luís.

Durante o governo de Vargas, Eurico Gaspar Dutra foi ministro da Guerra; e João Goulart, do Trabalho, Indústria e Comércio.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito presidente em 1994 depois de ter sido ministro das Relações Exteriores e da Fazenda de seu antecessor, Itamar Franco.

Dilma Rousseff (PT) se elegeu em 2010 após ter comandado os ministérios de Minas e Energias e da Casa Civil de Lula.