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    ‘Educação não é terreno para guerra ideológica’, diz ex-ministra

    Claudia Costin vê com bons olhos o resultado do Ideb e defende manter foco em gestões técnicas nos estados

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    Para Claudia Costin, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministra da Administração do Estado, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) são positivos, apesar de quase todos os estados brasileiros não terem alcançado a meta estabelecida para o ensino médio.

    A especialista enfatiza que pela primeira vez houve uma melhora em todas as faixas de ensino, infantil, fundamental e médio. Agora, o necessário é intensificar a velocidade desse progresso, argumenta.

    “Ainda estamos muito aquém, mas essa melhora improtante sinaliza que pelo menos estamos seguindo uma trajetória meritória, boa. O que nós precisamos é pisar no acelerador”, disse a diretora do Centro de Inovação em Políticas Educacionais da FGV.

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    Costin argumenta que a melhora se deve ao fato de os governos estaduais terem priorizado nos últimos anos a escolha de nomes técnicos para o comando das secretarias de educação. 

    “A educação não é terreno para guerra ideológica, para factoides, é terreno para gestão sólida”, defende, em entrevista ao âncora da CNN William Waack.

    A professora explica que o problema do Brasil mudou. O país ainda tem evasão escolar, sobretudo no ensino médio, mas agora os governos devem priorizar a melhora da retenção de conteúdo. “Se saíram bem aqueles secretários que focaram em melhorar aprendizagem”, conclui.

    De acordo com os números do Ideb, o país não atingiu a meta de 5 pontos, ficando em 4,2 pontos, que era o objetivo estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE) para cinco anos atrás.

    Cada estado possuía uma meta especifica, relacionada às suas condições locais. Das 27 unidades da federação, apenas o estado de Goiás atingiu a sua.