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    Eduardo Leite diz estar preocupado e indignado com plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

    Governador gaúcho defende ainda uma "punição rigorosa" aos envolvidos no plano

    Leticia Martinscolaboração para a CNN , São Paulo

    O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou estar preocupado e indignado com o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022. Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal realizou uma operação contra uma organização criminosa envolvida no planejamento para assassinar autoridades.

    “A defesa da democracia impõe que saibamos conviver com as diferenças, respeitando a vontade do povo, expressa nas urnas. A tentativa de eliminar adversários políticos, inclusive ameaçando as suas vidas, é deplorável sobre todos aspectos possíveis e demonstra um completo desprezo pelos valores democráticos e civilizatórios”, disse Leite nas redes sociais.

    O governador gaúcho defende ainda uma “punição rigorosa” aos envolvidos no plano.

    “Comprovados os indícios, todos os envolvidos nesta trama, em todos os níveis, precisam receber uma punição rigorosa. Qualquer ação que vise desestabilizar nosso sistema democrático deve ser severamente combatida”, acrescentou o tucano.

    Segundo apuração da CNN, Eduardo Leite recebeu a notícia da operação da PF, que prendeu um general do Exército, um policial federal e três tenentes-coronéis, durante agenda no Japão. O governador foi ao país asiático para uma reunião sobre enchentes e negócios.

    Operação Contragolpe

    De acordo com a Polícia Federal (PF), o grupo, que teria planejado os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes, é formado, na maioria, por militares do grupo de elite das Forças Armadas, conhecidos como “kids pretos”.

    Cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, e 15 medidas cautelares foram cumpridas. Entre os alvos estão:

    • Mário Fernandes, general de Brigada (da reserva) e ex-assessor da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL). Também teve cargo especial no gabinete do deputado federal e ex-ministro Eduardo Pazuello (PL-RJ). Foi quem elaborou o documento que embasou a operação;
    • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
    • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;
    • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
    • Wladimir Matos Soares, policial federal.

    De acordo com a investigação, os três assassinatos deveriam ocorrer em dezembro de 2022. Ainda segundo a PF, o plano cogitou uso de veneno para matar o presidente e artefato explosivo para executar o ministro do STF.

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