É preciso identificar os autores das invasões às sedes dos Três Poderes, diz Arthur Maia à CNN
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro será instalada nesta quinta-feira (25)
O deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA) declarou nesta quarta-feira (24), em entrevista à CNN, que é preciso realizar a identificação dos autores das invasões às sedes dos Três Poderes nos ataques criminosos do 8 de janeiro.
Segundo líderes partidários, a presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apura dos atos, deverá ficar com Arthur Maia. O partido dele, o União Brasil, apesar de ter cargos no primeiro escalão do governo, possui parlamentares que fazem oposição à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“É preciso que se identifique quem são os autores daquela baderna, daquele ato absurdo, dantesco, que nós não podemos coadunar, não podemos aceitar, que foi a invasão das sedes dos Três Poderes, a depredação do patrimônio público. E, ainda mais, quando você diz que havia ali uma tentativa de golpe de Estado”, afirma Maia.
“Nós estamos fazendo uma CPMI justamente pelo apreço que nós temos à democracia. O que aconteceu no dia 8 de janeiro não é um ato banal, não é uma coisa normal. Um país democrático não pode admitir que exista uma depredação do patrimônio público da forma que existiu, com uma narrativa por parte de muitos de que ali se tratava de um grupo de pessoas dispostas a interromper a democracia brasileira e a mudar o nosso regime para o sistema de exceção”, explica.
“Nós não podemos permitir que isso aconteça, caia depois no esquecimento e fique como se nada houvesse acontecido”, prossegue.
Conforme Maia, a CPMI precisa iniciar sua discussão de uma forma neutra, para que o colegiado descubra se realmente houve uma tentativa de golpe de Estado na ocasião. O colegiado terá sua instalação nesta quinta-feira (25), a partir das 9h, pelo horário de Brasília.
Ainda de acordo com o deputado, com a atual guerra de narrativas sobre o caso, cabe ao Congresso Nacional, como guardião da democracia, aprofundar a investigação.
*Publicado por Douglas Porto com informações de Daniela Lima