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    É hora de desinflamar o Brasil, diz Lira após reeleição na Câmara

    Parlamentar do Progressistas de Alagoas conseguiu 464 votos de 513 congressistas

    Douglas Portoda CNN , em São Paulo

    O presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), declarou, nesta quarta-feira (1º), após ser reeleito para o cargo, que é hora de desinflamar o Brasil, com os Poderes da República dando exemplo conforme suas atribuições definidas pela Constituição Federal.

    “O que nós pregamos durante essa campanha, mais uma vez eu reafirmo: é hora de desinflamar o Brasil. Distensionar as relações. E os Poderes da República, pilares da nossa democracia, devem dar o exemplo. É hora de ver cada um no seu quadrado constitucional, para voltarmos a ver poderes articulando, interagindo, com a clareza exata de onde termina o espaço de um e onde começa o espaço do outro”, afirmou Lira.

    “Vamos continuar trabalhando, ouvindo as ruas, assumir as responsabilidades, e não cometer os erros do passado para que o fatídico 8 de janeiro não venha a acontecer nunca mais. O momento pede o debate de ideias, de fazer reformas importantes para o Brasil continuar se desenvolvendo. Vamos refazer laços”, continuou.

    O que aconteceu hoje aqui nessa eleição histórica da Câmara Federal é uma demonstração de como isso é possível, com convivência pacífica dos contrários, com civilidade e espírito desarmado, sem abandonar princípios e ideologias. 

    Arthur Lira

    Com uma votação recorde, o líder teve o apoio de 464 dos 513 novos deputados, que tomaram posse na manhã de hoje. Nenhum outro deputado federal teve mais votos que Lira desde a redemocratização, o que demonstra a força que o líder do Centrão terá nos próximos anos.

    Chico Alencar (PSOL-RJ) conseguiu 21 votos, ficando na segunda colação. Em terceiro, com 19 votos, ficou Marcel Van Hattem (Novo-RS).

    A maior votação, até então, era de Ibsen Pinheiros (MDB-RS), em 1991, e de João Paulo (PT-SP), em 2003, com 434 em cada ocasião.

    Lira contou com um amplo arco de alianças, tendo em sua base praticamente todas as legendas da Câmara. Os apoios foram tão abrangentes que o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estiveram juntos.

     

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