É da democracia investigar eventuais afrontas, diz Molica sobre caso Sérgio Reis
No quadro Liberdade de Opinião, jornalista Fernando Molica avaliou operação da Polícia Federal (PF) contra cantor e o deputado federal Otoni de Paula
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (20), Fernando Molica analisou a operação da Polícia Federal (PF) contra o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes.
“O que está em jogo é uma discussão importante da liberdade de expressão, que, no Brasil, não é absoluta — ao contrário de outros países, como, por exemplo, os Estados Unidos, onde se pode fazer propagandas do racismo”, afirmou o jornalista.
“Diferentes países de acordo com suas diferentes culturas estabelecem limites a liberdade de expressão. A Constituição brasileira fala que são invioláveis a intimidade, a vida privada e a honra”, completou.
“No caso do Sérgio Reis, pode-se dizer que ele fez uma bravata, pode ser interpretado assim. Mas também pode ser interpretado como uma ameaça. Ele é um ex-deputado federal e pessoa pública, e disse que estava em contato com entidades de caminhoneiros e também com entidades ligadas ao agronegócio”, disse Molica.
“E o que se faz? Se apura. É o que está sendo feito, uma apuração, pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Podemos falar, mas somos responsáveis por aquilo que falamos. É da democracia investigar eventuais afrontas”, concluiu o jornalista.
O Liberdade de Opinião tem a participação de Fernando Molica e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.