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    “É bom o DiCaprio ficar de boca fechada”, diz Bolsonaro a apoiadores

    Na saída do Alvorada, presidente voltou a criticar ator por seu posicionamento em relação à Amazônia

    Da CNN , São Paulo

    A apoiadores em Brasília, na saída do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro criticou novamente o ator e ativista ambiental Leonardo Di Caprio por seu posicionamento em relação à Amazônia.

    “Não adianta fazer videozinho mentiroso falando que está pegando fogo na Amazônia, [que] vai mudar o clima no mundo, isso não funciona. Está lá o DiCaprio, lá colocando fotografia de 20 anos atrás. Agora, o próprio DiCaprio tem que saber que a própria diretora da OMC [Organização Mundial do Comércio] falou que sem o agronegócio brasileiro o mundo passa fome. Então, é bom o DiCaprio ficar de boca fechada ao invés de ficar falando besteira por aí”, disse Bolsonaro para quem o esperava na saída da residência oficial.

    O ator americano repostou em seu perfil no Twitter, em 9 de setembro de 2020, um vídeo da Articulação de Povos Indígenas do Brasil com imagens de vários lugares do mundo com focos de incêndio com um texto que faz uma pergunta: “De que lado você está: Amazônia ou Bolsonaro?”.

    Na último dia 29, Bolsonaro usou o Twitter para responder ao apelo do ator Leonardo DiCaprio para que os jovens brasileiros participem das eleições deste ano.

    “Obrigado pelo apoio, Leo! É muito importante ter todos os brasileiros votando nas próximas eleições”, publicou Bolsonaro. Segundo o presidente, o “povo decidirá se quer manter nossa soberania na Amazônia ou ser governado por bandidos que servem a interesses especiais estrangeiros”.

    O tuíte foi uma resposta a outra publicação de Di Caprio, que no dia anterior usou a rede social para incentivar a juventude brasileira a buscar informações sobre o processo de registro para a votação e atribuiu a importância do gesto ao papel do Brasil no cenário internacional por conta da Amazônia.

    “O que acontece lá é importante para todos nós e o voto dos jovens é fundamental para impulsionar a mudança para um planeta saudável”, defendeu.

    Bolsonaro ironizou a publicação do ator de 2020 com imagem da Floresta Amazônica em chamas, afirmando que a foto é do ano de 2003, e não de 2020.

    “Tem gente que quer prender brasileiros que cometem esse tipo de erro aqui em nosso país. Mas sou contra essa ideia tirânica. Então eu te perdoo”, disse Bolsonaro na ocasião.

    Desmatamento de outros governos

    Segundo dados do Deter, desenvolvido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), houve um aumento no desmatamento na Amazônia Legal a partir de 2019, quando Bolsonaro assumiu a presidência. Os dados foram extraídos da plataforma Terra Brasilis, que reúne alertas de desmatamentos detectados pelos satélites do Inpe desde 2015.

    Durante o governo de Michel Temer (MDB), em 2016, foram 6.031,81 km² de desmatamento. O ano foi o primeiro completo computado pela plataforma de desmatamento. Em 2017, caiu para 3.551,3 km², o que representa queda de 41,12%.

    Em 2018, voltou a crescer: o total registrado na região foi de 4.951,46 km² desmatados. Os alertas de desmatamento – ou seja, avisos de alteração na cobertura florestal da Amazônia Legal – tiveram crescimento expressivo em 2019, após a posse de Bolsonaro. No ano seguinte, subiu para 9.177,74 km² – crescimento de 85,3% comparado com 2018.

    Em 2020, a área afetada caiu, mas se manteve mais alta que nos anos anteriores. No ano, foram 8.417,26 km². Já em 2021, foram 8.218,78 km².

    O monitoramento reúne dados a partir de 2015, no entanto, apenas a partir do segundo semestre. O primeiro ano computado em sua totalidade começou em 2016. Não há dados disponibilizados pelo Deter de períodos anteriores.

     

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