Douglas Garcia e Gil Diniz são suspensos das atividades na Alesp
Deputados também ficarão afastados de qualquer função na liderança ou vice-liderança e serão impedidos de orientar a bancada
O PSL informou que suspendeu os deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz das atividades partidárias na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por um ano. Durante o período, os parlamentares não poderão participar das Comissões Permanentes e Temporárias da Assembleia Alesp, bem como do Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares.
Os deputados também ficarão afastados de qualquer função na liderança ou vice-liderança e serão impedidos de orientar a bancada, representar a agremiação e de participar da escolha do líder do partido.
O PSL comunicou, em nota, os motivos que levaram à decisão.
“Seguindo os trâmites legais e estatutários, o processo se deu no âmbito do Conselho de Ética do Diretório Nacional do PSL, constatada o descumprimento do estatuto do partido, ao qual todos os filiados são submetidos, pelo descumprimento de fidelidade partidária e até mesmo à própria lei partidária (9.096/1995), que só admite apoio a criação de um novo partido àqueles não filiados a partidos políticos.
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Foram também verificadas ofensas à imagem do PSL e seus dirigentes. Segundo a legenda, conforme seu código de ética, o direito de defesa foi garantido a ambos.
Os dois deputados se manifestaram sobre a suspensão do partido por meio de publicações no Twitter. “Eu e o Deputado Gil Diniz acabamos de ser efetivamente suspensos das comissões a pedido do PSL. Na prática isso reduz sim meus poderes, como a possibilidade de obstruir projetos ruins. Já estou com um processo na Justiça há duas semanas lutando para reverter a decisão”, publicou Douglas Garcia.
“Hoje fomos suspensos das nossas atividades na ALESP. O processo de suspensão que o PSL nos impôs é extremamente fraco e sem embasamento, logo hoje que estão instalando a CPI da Fake News. Existe coincidência? Repito: o que o sistema não absorve, ele tenta destruir!”, escreveu Gil Diniz.
CPI
Em reunião virtual nesta terça-feira (30/06), o deputado Caio França foi eleito o novo presidente da CPI das Fake News na Alesp. A votação também elegeu a deputada Maria Lúcia Amary como vice-presidente da Comissão, e o Sargento Nery relator.
Além da presença dos deputados eleitos Caio França, Maria Lúcia Amary e do Sargento Nery, a sessão também contou com a participação dos parlamentares Arthur do Val, Janaína Paschoal, Mônica Seixas, Paulo Fiorilo, Edmir Chedid e Thiago Auricchio.Todos votaram a favor da escolha de França como presidente e Amary como vice-presidente. Thiago Auricchio não votou devido ao seu status de parlamentar suplente.