Partidos de esquerda criticam composição com apenas 6 mulheres dos 27 indicados para transição

Integrantes da Secretaria Setorial das Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) e representantes do mesmo núcleo no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) têm reclamado nos bastidores que as mulheres têm sido esquecidas na composição da equipe de transição do governo federal.

Uma dirigente do PT ouvida pela CNN, disse que o assunto tem sido tratado em conversas internas. Mas, segundo ela, sem avanços. Um grupo do partido pediu uma agenda com a coordenadora-política das transição, a deputada federal e presidente da legenda Gleisi Hoffman, para tratar do tema.

Já uma integrante do PSOL, num encontro da executiva, segundo apurou a CNN, teria feito duras clínicas ao fato de o partido, conhecido por pregar a diversidade, ter indicado dois homens para compor a transição. No caso o presidente da sigla, Juliano Medeiros, para o conselho políticos; e o deputado federal eleito Guilherme Boulos para o grupo técnico de “cidades”.

Aliados

Dos treze nomes indicados pelos partidos aliados para compor o conselho politico, apenas um é mulher: a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, que representa o PC do B.

Das equipes de coordenação, incluindo o coordenador-geral Geraldo Alckmin – dos cinco representantes, o segmento feminino conta com Gleisi Hoffmann e Janja da Silva, a futura primeira data. Que inclusive foi criticada por só escolher ainda informalmente somente homens para compor a equipe responsável pela organização da posse.

E nas áreas técnicas temáticas, dos 15 nomes anunciados até agora para compor os núcleos de economia, assistência social, cidades, desenvolvimento regional e indústria, 12 são de homens. As exceções são a senadora Simone Tebet, e as ex-ministras Tereza Campello e Márcia Lopes.

Procurada pela CNN, a equipe de transição informou que ainda está em processo de montagem das equipes e a diversidade será observada.