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    Doria planeja viagem internacional

    Governador de SP deverá ir a Nova Iorque em dezembro para inaugurar um escritório do governo paulista

    Caio Junqueira

    O governador de São Paulo, João Doria, fará na semana que vem uma viagem internacional. Se ele vencer as prévias do PSDB, ele irá na condição de candidato oficial do partido a presidente da República a Nova York em dezembro para inaugurar um escritório do governo paulista na cidade.

    Para acenar ao MDB, partido que pretende coligar e oferecer a vice na chapa, convidou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para a viagem. Já há inclusive funcionários do Palácio dos Bandeirantes nos Estados Unidos organizando a viagem, que deve incluir encontros com autoridades e empresários locais. A viagem foi confirmada à CNN pela assessoria do governador e do prefeito de São Paulo.

    O ambiente retrata o clima de “já ganhou” dentre os tucanos paulistas e contrasta com o ambiente no entorno do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, seu principal adversário nas prévias internas do PSDB.

    Por ali, há rejeição a praticamente toda a forma como se deu o encaminhamento da cúpula do partido nesta terça-feira, da assinatura do contrato com uma nova empresa de software a decisão de concluir as prévias até domingo. Mas se a empresa passar no teste, a ideia é seguir até o fim.

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    “Estão fazendo testes no sistema e due diligence na empresa. Se resistir, vamos em frente. Estamos com nossa equipe mobilizada e vamos ganhar”, disse Eduardo Leite.

    Integrantes de sua equipe, porém, não descartam judicializar as prévias. “Juridicamente existem centenas de caminhos para tomar, mas não posso te dizer nada do plano jurídico diante das dúvidas que nós temos. Queremos continuar as prévias. Essa é nossa primeira premissa, só que tenho até dificuldade sem ter as respostas sobre o que aconteceu com o aplicativo”, informou o advogado de Eduardo Leite, Caetano Cuervo Lo Pumo.

    De acordo com ele, em uma análise muito preliminar a resolução da prévia foi descumprida porque ela previa que a disputa ocorresse em um dia e com uma forma de votação. “Ela já foi descumprida. Já é uma situação anômala que não tem culpado mas que precisa ser investigada. Faltam informações”, concluiu.

    Para o PSDB, a contratação de uma nova empresa foi a saída depois de a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), desenvolvedora do aplicativo, não conseguir apresentar respostas para o que ocorreu nem soluções para o retorno com segurança às prévias. Por isso o presidente da sigla, Bruno Araújo, decidiu contratar a Relatasoft após indicações de conhecidos.

    Para evitar mais contratempos, optou por um “contrato-gatilho”, segundo o qual só se avança para a próxima fase depois de cumprida uma etapa anterior. Assim, se os testes de segurança que ocorrerão entre as 21h de hoje e as 3h de amanhã não forem bem sucedidos, o contrato não será finalizado.

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