Doria defende a aliados que escolha de candidato seja adiada
Em conversas reservadas, o ex-governador de São Paulo tem criticado o fato de não ter sido convidado para reunião nesta terça-feira da executiva nacional do PSDB
O pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial, João Doria, tem defendido que seria “sensato” e “correto” adiar para julho a escolha do candidato da chamada “terceira via”.
A sugestão deve ser levada pelo grupo do tucano à reunião desta terça-feira (17) da executiva nacional do partido, que definirá se o PSDB continuará a dialogar com o MDB para a definição de um candidato único para a disputa ao Palácio do Planalto.
Em conversa com um grupo de aliados, que foi relatada à CNN, Doria também tem se queixado de não ter sido convidado pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, para o encontro.
A avaliação do tucano é de que seria lógica a sua presença na reunião desta terça-feira (17), já que envolve diretamente o seu projeto político.
Segundo relatos feitos à CNN, em consultas feitas no final de semana, a maior parte da cúpula partidária defendeu, em caráter reservado, que as negociações com o MDB sejam mantidas.
O argumento é de que, no passado, o próprio Doria defendeu uma candidatura proveniente do diálogo com partidos de centro e que não faz sentido abrir mão das negociações neste momento, quando ainda não foi finalizada pesquisa encomendada pelo bloco partidário.
A data definida por PSDB, MDB e Cidadania é hoje (17). A ideia é que, nesse dia, fosse divulgado resultado da pesquisa, que contempla tanto uma abordagem quantitativa como qualitativa dos nomes de João Doria e Simone Tebet, do MDB.
Os aliados do ex-governador de São Paulo dizem que não é possível definir um nome neste momento se ainda há a possibilidade de novas siglas aderirem ao bloco partidário de centro. E que seria melhor deixar uma definição para junho ou julho.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou no Twitter, no começo da tarde do domingo (15), Doria “agiu bem”, ao dizer que o resultado das prévias tucanas deve ser respeitado.
O ex-governador de São Paulo chamou de “tentativa de golpe” a contratação de uma pesquisa para definir a candidatura única da terceira via ao Palácio do Planalto.
Procurada pela CNN, a assessoria de imprensa do partido informou que Doria não irá participar da reunião porque não é integrante da executiva nacional da legenda
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