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    Dono da Precisa recusa proteção da CPI e aponta briga política nas acusações

    O empresário Francisco Maximiano diz não ter nada a depor contra o governo e que a aquisição das vacinas não teve qualquer ilegalidade

    Caio Junqueirada CNN

     

    O empresário Francisco Maximiano e sua defesa encaminharam na tarde desta quinta-feira (24) à CPI da Pandemia uma carta na qual rejeitam a oferta de proteção pessoal oferecida pela comissão. Também diz não ter nada a depor contra o governo e que a aquisição das vacinas não teve qualquer ilegalidade.

    Trata-se da primeira manifestação assinada por Maximiano desde que ele e sua empresa, a Precisa Medicamentos, viraram principal alvo da comissão em razão do contrato assinado com o governo para a compra da vacina indiana Covaxin.

    No documento, assinado em conjunto com seus advogados, eles deixam claro que Maximiiano “não tem nada a depor contra o governo”.  “É inequívoco que o investigado Francisco Maximiano não tem qualquer fato a depor perante essa CPI contra o atual governo, o Ministério da Saúde ou contra seus respectivos órgãos responsáveis pela contratação de vacina contra o Covid-19”, diz o documento, obtido pela CNN.

     

    Ele foi escrito em resposta a um ofício do presidente da CPI, Omar Aziz, questionando-o se  necessita de proteção policial e que em caso afirmativo a CPI oficiaria a Polícia Federal para para preservar sua “integridade física e o bom andamento das investigações”.

    Interlocutores de Maximiano apontam que o ofício é uma manobra para transformar Maximiano em testemunha e forçá-lo a depor contra o governo. Sua resposta, porém, é no sentido de que isso não é necessário porque não tem nenhuma ilegalidade no negócio. 

    “Contratação essa que, no caso da vacina Covaxin, se deu de forma lícita, respeitando todos os procedimentos legais, padrões nacionais e internacionais, com o preço e forma compatíveis com que este produto foi vendido em outros países, conforme expressamente reconhecido pelo laboratório indiano e, sem dúvida, tratando-se de um dos produtos com maior eficácia no combate ao COVID-19, mal que assola não só a sociedade brasileira, mas também a população mundial.”
    De acordo com eles, “atacar a contratação lícita da vacina Covaxin é atentar contra a saúde da população brasileira”. Diz ainda que a população “aguarda, ansiosamente, para ser vacinada com um produto eficaz, comprado em termos justos e lícitos pelo governo, que vai beneficiar milhões de pessoas”.

    Por fim, nega a oferta da CPI e aponta uma “briga política” por trás das acusações. “O investigado Francisco Maximiano não se sente e jamais se sentiu ameaçado. Seu único objetivo, assim como o desta CPI e, acredita-se, o de todas as autoridades públicas brasileira, é o de entregar o produto adquirido de forma lícita em termos e padrões, internacional e nacionalmente, justos e legais, conforme já reconhecido pelo próprio Tribunal de Contas da União, para imunização da população brasileira. Quem precisa de proteção é essa população que se vê em meio a uma briga política e como parte num litígio, cujo objetivo de uma minoria maldosa, é evitar a entrega de um produto adquirido de forma licita que irá imunizar milhões de brasileiros.”

    Veja a íntegra da carta:

    “Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão Parlamentar de InquéritoCPI da COVID-19 
    Em atenção ao e-mail abaixo que encaminhou o ofício nº 1627/2021, essa defesa técnica esclarece que a condição do Sr. Francisco Maximiano de investigado perante esta CPI, em momento algum, até aqui gerou qualquer sentimento de risco ou ameaça à sua vida ou integridade física. 
    É inequívoco que o investigado Francisco Maximiano não tem qualquer fato a depor perante essa CPI contra o atual governo, o Ministério da Saúde ou contra seus respectivos órgãos responsáveis pela contratação de vacina contra o COVID-19. Contratação essa que, no caso da vacina Covaxin, se deu de forma licita, respeitando todos os procedimentos legais, padrões nacionais e internacionais, com o preço e forma compatíveis com que este produto foi vendido em outros países, conforme expressamente reconhecido pelo laboratório indiano e, sem dúvida, tratando-se de um dos produtos com maior eficácia no combate ao COVID-19, mal que assola não só a sociedade brasileira, mas também a população mundial. 
    Atacar a contratação licita da vacina Covaxin é atentar contra a saúde da população brasileira que aguarda, ansiosamente, para ser vacinada com um produto eficaz, comprado em termos justos e lícitos pelo governo, que vai beneficiar milhões de pessoas. 
    O investigado Francisco Maximiano não se sente e jamais se sentiu ameaçado. Seu único objetivo, assim como o desta CPI e, acredita-se, o de todas as autoridades públicas brasileira, é o de entregar o produto adquirido de forma licita em termos e padrões, internacional e nacionalmente, justos e legais, conforme já reconhecido pelo próprio Tribunal de Contas da União, para imunização da população brasileira. 
    Quem precisa de proteção é essa população que se vê em meio a uma briga política e como parte num litigio, cujo objetivo de uma minoria maldosa, é evitar a entrega de um produto adquirido de forma licita que irá imunizar milhões de brasileiros. 
    A empresa Precisa e seus acionistas não se furtarão de esclarecer com documentos e informações todas as inverdades que maliciosamente estão sendo difundidas e que têm por efeito tumultuar a imunização da população brasileira. 
    Francisco Maximiano e a empresa Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda permanecem à disposição desta CPI e de qualquer autoridade pública brasileira para esclarecimentos dos fatos.
    Francisco Emerson Maximiano
    Ticiano Figueiredo
    Pedro Ivo Velloso”

    Carta de Francisco Maximiano
    Carta de Francisco Maximiano
    Foto: Reprodução

     

    Carta de Francisco Maximiano
    Carta de Francisco Maximiano
    Foto: Reprodução