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    Eleições 2022

    Dois Lados: parlamentares comentam busca de apoio do agronegócio por presidenciáveis

    Sérgio Souza (MDB-PR) e Carlos Favaro (PSD-MT) analisam disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que buscam votos do agronegócio

    Basília Rodriguesda CNN , em Brasília

    No quadro CNN Dois Lados desta quarta-feira (26), o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, e o senador Carlos Favaro (PSD-MT), coordenador de agro da campanha de Lula, analisaram a busca por votos desse segmento no segundo turno das eleições, que acontece em 30 de outubro.

    Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) buscam os votos que podem fazer diferença na disputa. Os parlamentares foram questionados sobre como os presidenciáveis poderão impactar positivamente o agronegócio, caso sejam eleitos.

    “O agro é um setor que mais gera emprego nesse país, que quando nós colocarmos na balança, ele por inteiro é a metade do PIB do Brasil […] Quando se coloca num plano de governo a regulação do agro, quando se coloca numa proposta de campanha dizendo que um movimento de trabalhadores sem terras é quem produz, que dá sinalização de que nunca se viu um membro do MST invadir uma fazenda produtiva aí o agro realmente se revolta”, disse Souza. “Nós começamos a perceber que a liberdade, o direito de defender o seu patrimônio, o direito de produzir sem invasão, o direito de produzir e poder exportar o excedente, isso dá garantia de crescimento no agro”, completou.

    “Foi no período do presidente Lula que nós tivemos a criação do CTNBio [Comissão Técnica Nacional de Biossegurança] que regulamentou os transgênicos, deu segurança jurídica e ambiental também a essa produção que cresceu vertiginosamente. Foi o maior período de investimentos de infraestrutura que o agro é muito dependente, por que transporta commodities, então o custo do frete impacta muito sobre o agronegócio e foi no período do presidente Lula e da presidente Dilma que houve grandes obras”, disse Favaro. “Repactuou dívidas, fez planos safras cada vez maiores e sucessivos, com juros muito reduzidos. Investimentos com juros reduzidos resultou em o Brasil sair em 2002 de 20 milhões de toneladas para 2022 300 milhões de toneladas”, completou.

    Relação do agronegócio com o meio ambiente

    No quadro, os parlamentares comentaram sobre a credibilidade internacional do país diante de questões envolvendo o agronegócio e o meio ambiente.

    “Se você tem uma propriedade que está titulada no CPF ou no CNPJ de alguém, passando o satélite em cima ou uma aeronave verificando, você vai lá pelos dados geográficos e sabe quem é o dono daquela propriedade. Pronto, você vai lá no órgão, interdita aquela propriedade, multa – e as multas são severas, e você pune aquele cidadão”, disse Souza. “Nós da Frente Parlamentar Agropecuária que defendemos aqui a campanha do Bolsonaro, temos colocado há muito tempo que projetos inclusive das nossas autorias para criminalizar quem comete esse tipo de crime, queimadas ilegais, desmatamento ilegal, por que isso faz mal não só ao meio ambiente, faz mal ao nosso negócio”, afirmou.

    “Cuidar do agro não é ter como estratégia ‘passar a boiada‘, invasão de terra pública, desmatamento incontrolável na Amazônia. Isso é acabar com oportunidade de geração de empregos, com nossa balança comercial, com nossa relação internacional que, diga-se de passagem, está em frangalhos. Nunca vi um Ministério de Relações Exteriores tão mal falado internacionalmente como vive neste período”, afirmou Favaro. “Concordo que a regularização fundiária é o mecanismo mais correto pra você identificar quem está sobre a propriedade para poder puni-lo se ele cometer crime ambiental – é a melhor alternativa. Temos que fazer a reforma agrária com responsabilidade, com direito à propriedade. Não existe reforma agrária em terra invadida, se é terra produtiva, a lei protege o produtor, o proprietário e assim vai continuar”, completou.

    Acompanhe o debate completo no vídeo acima.

    (Publicado por Lucas Rocha, da CNN)

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