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    Dois Lados: Boulos e Cavalcante debatem responsabilidade de Bolsonaro em caso das joias sauditas

    Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) falaram sobre a entrada irregular de presentes da Arábia Saudita durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)

    Fernanda PinottiBasília RodriguesCarol RaciunasLayane Serranoda CNN

    O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou à CNN que parte dos presentes encaminhados pelo príncipe da Arábia Saudita em 2021 foi incorporada ao seu acervo privado. E reafirmou que não houve ilegalidade no episódio.

    Os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) debateram a responsabilidade de Bolsonaro no episódio.

    Cavalcante disse que é preciso aguardar a apuração dos fatos. “Muitas vezes criam-se narrativas e depois do processo legal vemos que não era aquilo que tinha sido dito.”

    Ele falou que defende – e tem convicção que Jair e Michelle Bolsonaro também defendem – a investigação de todos os fatos. E disse que há uma constante tentativa de equiparar os atos de Bolsonaro aos atos de Lula.

    “Há uma tentativa da esquerda de colar a corrupção no presidente Bolsonaro para tentar igualar com a mesma lama da corrupção do governo Lula”, disse o parlamentar do PL.

    Boulos ressaltou que o destino dos presentes da Arábia Saudita não é “uma questão de opinião”, já que existe um posicionamento do Tribunal de Contas da União sobre o destino desses presentes para o acervo público.

    “O Bolsonaro sempre demonstrou uma terrível incapacidade de diferenciar o público do privado”, disse. E relembrou episódios como a troca do delegado da Polícia Federal (PF) que estava investigando um de seus filhos e o uso indevido do cartão corporativo em viagem de férias.

    Guilherme Boulos também lembrou que em 2021 o Brasil fechou um acordo com os Emirados Árabes, aliado da Arábia Saudita, para a venda de uma refinaria da Petrobras na Bahia por menos da metade do valor estimado. “Foi nesse contexto que Bolsonaro recebeu as joias, ou seja, podemos ter um caso mais grave do que apenas a apropriação de um presente público, e sim uma recompensa por um negócio que causou dano ao erário público no Brasil. Isso precisa ser investigado com rigor.”

    Não existem evidências até o momento de que os presentes da Arábia Saudita estejam ligados à venda desta refinaria da Petrobras.

    Veja o debate completo no vídeo acima.