Discurso de Lula e recorde de mortes por Covid-19 pressionam governo Bolsonaro
Dentro do Palácio do Planalto, a avaliação é de que a anulação das condenações do ex-presidente deram largada a campanha das eleições de 2022
A avaliação interna do Palácio do Planalto é que cresceu nos últimos dias a pressão ao governo pela adoção de novas medidas. A demora na vacinação contra a Covid-19, o novo recorde diário de mortes para a doença — 2.286 mortes confirmadas em 24 horas — e o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são as razões para essa preocupação.
O discurso de Lula em São Bernardo, o primeiro depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) anular as condenações impostas ao ex-presidente, foi acompanhado atentamente por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Parte dos auxiliares palacianos considera que o petista foi bem no discurso, enquanto outros avaliam que o ex-presidente não trouxe elementos novos na fala.
A conclusão é que Lula será de fato o candidato a presidente da República pelo PT em 2022, se convertendo no principal adversário da tentativa do presidente Jair Bolsonaro de buscar a reeleição.
Pouco depois da conclusão do discurso do ex-presidente, aconteceu um evento no Palácio do Planalto, em Brasília, com características diferentes de outros que ocorreram recentemente. Todos os presentes utilizaram máscaras durante todo o tempo e fizeram uma defesa enfática da vacinação contra a Covid-19.
