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    Diretor da PF acusa governo Bolsonaro de interferência política

    Rodrigues menciona as sucessivas mudanças no comando da PF como responsáveis pelo "bloqueio de ações" durante o período

    Tainá FalcãoGustavo Uribeda CNN , Brasília

    Em entrevista exclusiva à CNN, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, acusou o governo Bolsonaro de interferência política na instituição.

    “Eu me refiro especialmente à instabilidade. E à interferência política na nossa instituição”, disse.

    Rodrigues menciona as sucessivas mudanças no comando da PF como responsáveis pelo  “bloqueio de ações” durante o período.

    Mudanças

    Bolsonaro mudou o comando da PF quatro vezes.

    Maurício Valeixo deixou a direção após disputa do presidente da República com o então ministro da Justiça, Sergio Moro.

    Ele foi substituto por Rolando Alexandre, nome de confiança de Bolsonaro, posteriormente, trocado por Paulo Maiorino, indicado por Anderson Torres, à época ministro da Justiça.

    Alexandre Ramagem chegou a ser cogitado para assumir a direção da PF, mas foi impedido por Alexandre de Moraes, pela proximidade dele com a família Bolsonaro.

    Alternâncias

    “Nenhuma empresa, nenhuma instituição se sustenta, pode ser produtiva com tamanha alternância porque isso implica mudança de diretores, de superintendências”, afirmou.

    A CNN entrou em contato com os advogados de defesa de Bolsonaro sobre a acusação de interferência política e aguarda resposta.

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