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    Dilma diz que manter a verdade histórica sobre o golpe militar é crucial “para que essa tragédia não se repita”

    Presidente Lula pediu para que não houvesse manifestação por parte do Governo Federal sobre o tema, em tentativa de reaproximação com os militares

    Presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff
    Presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff 30/05/2023 REUTERS/Aly Song

    Manoela Carluccida CNN*

    São Paulo

    “No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos”, escreveu a ex-presidente Dilma Roussef e agora presidente do Banco de Desenvolvimento (NBD), neste domingo (31), data que marca 60 anos do golpe militar no Brasil.

    Dilma foi presa e torturada pela ditadura militar em 1970 pelo crime de “subversão” ao participar de grupos de militância de esquerda que se opunham ao regime. Na época, ela foi condenada a seis anos e um mês de prisão, além de ter os direitos políticos cassados por dez anos. Porém, conseguiu redução da sua pena e saiu da prisão em 1972, segundo o portal “Memórias da Ditadura”, do Instituto Vladmir Herzog.

    No X, a ex-presidente relacionou os ataques à sede dos três poderes realizados no ano passado com o regime militar na época da ditadura: “Manter a memória e a verdade histórica sobre o golpe militar que ocorreu no Brasil há 60 anos é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como quase ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023”, escreveu.

    A publicação de Dilma se dá num contexto de poucas manifestações e atos em lembrança do dia, após pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que governo não realize manifestações ou eventos oficiais relacionados ao assunto, em aceno à uma reaproximação com os militares.

    *Supervisão de Marcos Rosendo