Dificilmente candidatos alternativos poderão mudar pesquisas, diz especialista

O cientista político Rafael Cortez declarou, nesta segunda-feira (15), em entrevista à CNN, que dificilmente os candidatos alternativos à polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) vão conseguir mudar as pesquisas.

Conforme o levantamento Globo/Ipec divulgado hoje, Lula tem 44% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 32%. Na sequência, aparece Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 2%. Vera Lúcia (PSTU) tem 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

“A primeira característica desse cenário é a consolidação da polarização Lula e Bolsonaro como protagonista da disputa presidencial de 2022. Dificilmente os candidatos alternativos vão ter fôlego, vão ter musculatura política, para alterar esse retrato dessas pesquisas inciais”, afirma Cortez.

“O segundo ponto tem a ver se encerra no primeiro ou no segundo turno. Essa é uma questão indefinida. Na prática, se a gente tiver que escolher qual a pergunta que devemos responder ao longo da campanha, é se vai ter, pela lógica, como os partidos vão se apresentar, se vai ter uma espécie de voto útil”, continua.

O especialista explica que a alternativa pode ser feita no primeiro turno em nome da rejeição ao governo Bolsonaro.

De acordo com a pesquisa do Ipec, em um cenário de segundo turno, Lula tem 51% das intenções de voto, contra 35% do atual presidente. Brancos ou nulos representam 9%, e os indecisos, 5%

Cortez avalia ainda que os números mostram que a campanha de reeleição terá muito trabalho para convencer o eleitor que nesse momento prefere os concorrentes.

Debate

As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

Confira as fotos dos candidatos à Presidência que serão exibidas nas urnas