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    Devemos repensar processo de indicação ao STF, diz presidente da CCJ

    Tebet afirma que o modelo atual - no qual o presidente escolhe um nome que atende a critério jurídicos do cargo - concentra muito poder em um único cargo

    Da CNN, em São Paulo

     

    Mesmo com a aprovação tranquila (57 a 10), de Kassio Nunes Marques ao Supremo Tribunal Federal, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse que o atual processo é pouco democratico e defende PEC que traz mudanças ao processo de escolha dos ministros do STF.

    “Precisamos avançar no processo de escolha para o STF, sou favorável a uma mudança na Constituição. O primeiro critério para o cargo é jurídico: notório saber jurídico e ilibada reputação. Depois disso, a escolha é política,” disse Tebet.

    “Há uma PEC de 2015, que foi desarquivada no ano passado, que faz com que o presidente escolha o ministro do STF através de um lista tríplice formada por uma escolha da Procuradoria Geral da República, uma escolha do STF e uma indicação da Ordem dos Advogados do Brasil. Seria um filtro mais democratico.”

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    Kassio Nunes
    Kassio Nunes Marques em sabatina no Senado, no dia 21/10/2020
    Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

    A senadora acredita também que a medida teria que estipular um tempo de mandato para os ministros do STF, em torno de 10 a 15 anos – atualmente o cargo é vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos.

    Tebet afirma que o modelo atual – no qual o presidente escolhe um nome que atende a critério jurídicos do cargo – concentra muito poder em um único cargo..

    “Nome precisa ser escolhido de maneira mais democrática e com menos poder concentrado no presidente. Os dois requisitos jurídicos normalmente são atendidos e são subjetivos, tornando difíceis de serem questionados. A nova regra pode deixar ainda mais difícil o questionamento, porém o processo será mais democratico.”

    Tebet reafirma que o projeto iria entrar em vigor apenas na próxima legislatura, garantindo ao atual presidente a escolha dos ministros na lei antiga.

    (Edição: Sinara Peixoto)

     

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