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    Desembargador do caso Tacla Duran pede afastamento da Operação Lava Jato

    Marcelo Malucelli foi acusado de ter relações pessoais com a família do senador Sergio Moro, fato que o impediria de analisar o caso

    Advogado Rodrigo Tacla Duran em depoimento remoto à Justiça Federal de Curitiba.
    Advogado Rodrigo Tacla Duran em depoimento remoto à Justiça Federal de Curitiba. Reprodução

    André Richterda Agência Brasil

    O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), pediu nesta quinta-feira (20) o afastamento da relatoria de processos da Operação Lava Jato. Na decisão, o magistrado se declarou suspeito para analisar os recursos de investigados na segunda instância.

    A declaração ocorreu após Malucelli passar a responder nesta semana a um processo aberto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar se o magistrado descumpriu decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a investigação envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da Lava Jato.

    Ao proferir uma decisão envolvendo Duran, o desembargador foi acusado de ter relações pessoais com a família do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), fato que o impediria de analisar o caso.

    “Ante a ocorrência de circunstâncias posteriores à data em que assumi os processos oriundos da presente operação, em trâmite junto ao Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba-PR e que se relacionam com a integridade física e moral de membros da minha família, declaro minha suspeição superveniente, por motivo de foro íntimo, para atuar neste e em todos os demais processos relacionados por prevenção, a partir desta data”, argumentou Malucelli.

    Acusação

    No mês passado, durante audiência com o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal em Curitiba, Tacla Duran disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu.

    Duran disse que foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha Moro e um advogado ligado à esposa dele, Rosangela Moro, que teria oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações.

    A partir das menções, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo, tribunal responsável pela análise de questões envolvendo parlamentares com foro privilegiado.

    Após a divulgação do depoimento, o senador Moro disse que não teme qualquer investigação. “Desde 2017 [Tacla Duran] faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em Agência Brasil.

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