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    Desavença sobre divulgação de relatório marca fim da CPI da Pandemia

    O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que não se reunirá com Calheiros até depois da leitura do relatório

    Da CNN Em São Paulo

    A divulgação antecipada de trechos do relatório da CPI da Pandemia por Renan Calheiros (MDB-AL) não agradou a cúpula da Comissão, que não chegou a participar da redação do texto e teria ficado sabendo através da imprensa.

    Em uma conversa com a âncora da CNN Daniela Lima, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que há um incômodo, sim, com a forma como a divulgação de trechos do relatório foi conduzida.

    O presidente da Comissão ainda afirmou que não irá se reunir com Renan Calheiros até que a leitura do relatório dele seja feita, o que está marcado para acontecer na próxima quarta-feira (20).

    Desde a finalização do texto, Renan Calheiros antecipou uma série de trechos em entrevistas, o que teria deixado os integrantes da CPI da Pandemia bastante irritados. Aliados do relator também se mostraram insatisfeitos com o vazamento e afirmaram que não teria sido a primeira vez em que o senador deixou de cumprir algo combinado com eles.

    As equipes técnicas dos gabinetes dos senadores que compõem a CPI da Pandemia haviam decidido fazer uma espécie de “plantão de emergência”, porque Renan Calheiros disse que não anteciparia o relatório para ninguém, a fim de evitar vazamentos. Portanto, todos, incluindo aliados de Calheiros, estavam a postos para, no momento em que ele começasse a leitura do relatório, fazer a análise do documento.

    Ainda segundo a apuração, os aliados de Calheiros dizem que o governo, junto do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, estaria agindo com veemência para tirar os termos mais prejudiciais ao governo Bolsonaro do relatório de Renan.

    Os integrantes do G7, por sua vez, teriam dito que “o combinado não sai caro” e que Renan Calheiros não teria feito o que havia combinado com o grupo. Além disso, eles teriam afirmado que inserir termos que tenham apelos políticos em um documento que será analisado pelo Ministério Público Federal pode levar à desmoralização do trabalho da CPI da Pandemia.

    (Publicado por Evandro Furoni)