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    Eleições 2022

    Deputados debatem possíveis impactos da CPI do MEC em ano de eleições

    Henrique Fontana (PT-RS) e Capitão Alberto Neto (PL-AM) discutiram importância das investigações a respeito das suspeitas de corrupção na pasta

    Ludmila CandalThiago FélixVinícius TadeuRenata Souzada CNN

    em São Paulo

    Em debate realizado pela CNN nesta terça-feira (28), os deputados federais Henrique Fontana (PT-RS) e Capitão Alberto Neto (PL-AM), vice-líder do Governo na Câmara, discordaram sobre os possíveis impactos da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito do Ministério da Educação, principalmente em um ano de eleição.

    “A CPI do MEC, se realmente tiver o objetivo de investigar e punir culpados, não tem problema nenhum, mas nós sabemos que o senador Randolfe quer fazer um circo político e fazer campanha eleitoral em cima de uma CPI”, opinou Neto.

    Já na avaliação de Fontana, qualquer “CPI deve ser aberta na medida em que haja um fato determinado, grave, e indícios, como é o caso de agora. Os indícios são de que uma rede de corrupção importante de tráfico de influência foi montada dentro do Ministério da Educação”.

    O requerimento de criação da CPI foi protocolado nesta terça pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo ele, o pedido tem 31 assinaturas de senadores, sendo 27 o mínimo necessário.

    O objetivo da comissão será investigar as suspeitas de corrupção na gestão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro na distribuição de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado à pasta.

    “Se o presidente pediu para o ministro receber alguém, não significa que tenha um direcionamento para qualquer tipo de corrupção. O ministro é servidor público, ele precisa receber as pessoas e, se o pedido for legítimo, não teria problema nenhum”, afirmou o deputado do Partido Liberal.

    Em relação às investigações, Fontana criticou a atuação do atual governo. “O que está ocorrendo no governo Bolsonaro é uma permanente tentativa de obstruir a Justiça, de impedir investigações e, dentro desse caso que estamos debatendo aqui, sobre o Ministério da Educação, evidentes sinais de que um balcão de negócios se montou ali”, afirmou.

    Antes do início da comissão, ainda haverá uma sessão para escolha dos presidentes e vice, formalização de relator e abertura da CPI. A expectativa é de que a CPI comece os trabalhos em agosto.