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    Eleições 2022

    Deputados avaliam participação das Forças Armadas na preparação das eleições

    Coronel Armando (PL-SC) e Zarattini (PT-SP) discutiram o documento enviado pelo ministro da Defesa ao TSE, no qual Nogueira afirma que os militares se sentiram "desprestigiados" pela Corte

    Júlia VieiraVinícius Tadeuda CNN

    São Paulo

    Em Debate CNN desta segunda-feira (13), os deputados federais Coronel Armando (PL-SC) e Carlos Zarattini (PT-SP) debateram sobre o último imbróglio envolvendo as sugestões feitas pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2020.

    Na última sexta-feira (10), general Paulo Sérgio Nogueira enviou um documento ao presidente do TSE, ministro Edson Fachin, cobrando que as propostas feitas fossem atendidas. Disse também que as Forças Armadas “não se sentem devidamente prestigiada” pela Corte.

    Coronel Armando vê a colocação do ministro como “algo natural”, já que a instituição foi formalmente convidada pelo TSE para sugerir melhorias para o sistema eleitoral. “As sugestões apresentadas pelas Forças Armadas não tinham tido uma resposta efetiva, e o ministro apenas reiterou a necessidade das equipes técnicas se comunicarem. Nós estamos falando de uma equipe muito capaz que é o Centro de Defesa Cibernética”, explicou o deputado do PL.

    Para Carlos Zarattini, não faz sentido as Forças Armadas terem se manifestado só agora, após 24 anos e 12 eleições utilizando as urnas eletrônicas. “Evidentemente que existe um interesse político da parte do presidente da República de tentar criar uma dúvida sobre o resultado eleitoral”, sugeriu o parlamentar.

    Armando rebateu frisando que foi um convite e que eleições normalmente causam curiosidade e suspeitas. “De fato foram convidados a fazer sugestão, fizeram, o TSE acatou a maior parte dela. Agora não pode o ministro querer intimidar o TSE”, respondeu Zarattini.

    No sábado (11), a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) informou que acolheu 10 sugestões, seis na íntegra e quatro parcialmente. Outras cinco recomendações feitas pelos militares serão analisadas somente para o próximo ciclo eleitoral. Apenas uma proposta foi rejeitada.

    “Várias sugestões já foram acatadas, já participou desse debate e agora tem que concluir sua participação. Houve um erro do ministro Barroso de chamar as Forças Armadas para participarem disso. O processo eleitoral não diz respeito a Forças Armadas, elas tem outra função”, concluiu o petista.

    Assista ao debate completo no vídeo acima