Deputado que admitiu financiar acampamento em quartéis pede ao STF para não ser preso
Goiano Amauri Ribeiro alega que fala na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás foi divulgada fora de contexto
O deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que a corte rejeite um eventual pedido de prisão.
O documento foi encaminhado na noite de sexta-feira (9) diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília.
A manifestação ocorreu depois que o jornal O Globo publicou que a Polícia Federal encaminharia pedido de prisão do parlamentar depois de discurso feito por Ribeiro fez na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
O parlamentar disse que deveria estar preso por ajudar e financiar os acampamentos montados em frente a quartéis do Exército após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a defesa do deputado, a manifestação foi “completamente tirada de contexto. Os advogados destacaram um trecho da fala em que o parlamentar diz que as pessoas acampadas em Goiânia não eram bandidos.
E ressaltaram que a Constituição de Goiás determina que deputados só podem ser presos “em flagrante de crime inafiançável”, que precisaria ser aprovado pela Alego em 24 horas.
Em sua fala, o parlamentar comparou sua situação à do coronel Benito Franco, da Polícia Militar de Goiás, preso em 18 de abril durante a Operação Lesa Pátria da Polícia Federal (PF), que investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro.
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, disse à CNN que vai submeter à Executiva nacional do partido a situação do deputado estadual por Goiás, Amauri Ribeiro, que afirmou ter ajudado a financiar os acampamentos em quartéis. “Levaremos à Executiva para reprimi-lo”, disse.